Como organizar o financeiro de um consultório de psicologia: guia completo para uma gestão sólida e lucrativa

Como organizar o financeiro de um consultório de psicologia guia completo para uma gestão sólida e lucrativa

Precisando de orientação para organizar o financeiro de um consultório de psicologia, e assim, lucrar mais? Então, você chegou ao lugar certo!

Administrar um consultório de psicologia é um grande desafio. Além de oferecer um atendimento de qualidade aos pacientes, o profissional precisa lidar com diversas responsabilidades administrativas e financeiras que, muitas vezes, não fazem parte da sua formação acadêmica.

No entanto, a saúde financeira de um consultório é tão importante quanto o cuidado com os pacientes. Afinal, um negócio bem estruturado permite que o psicólogo trabalhe com tranquilidade, invista em melhorias e garanta a sustentabilidade da sua atividade a longo prazo.

Organizar o financeiro de um consultório de psicologia significa ter clareza sobre quanto entra e quanto sai do caixa, entender os custos fixos e variáveis, precificar corretamente as consultas, manter os impostos em dia e tomar decisões estratégicas com base em dados concretos.

Neste guia completo preparado pela Contabiliza+ Contabilidade, você vai entender como estruturar a gestão financeira do seu consultório passo a passo, desde a separação das contas pessoais até o uso da contabilidade estratégica como ferramenta de crescimento.

A importância da organização financeira para psicólogos

Muitos psicólogos iniciam sua carreira como autônomos, atendendo em espaços compartilhados ou salas alugadas. À medida que a demanda cresce e o consultório se estabelece, surge a necessidade de profissionalizar a gestão.

Um dos erros mais comuns é misturar as finanças pessoais com as do negócio, o que leva à falta de controle e dificulta o acompanhamento do desempenho financeiro.

Organizar o financeiro de um consultório traz inúmeros benefícios. Com uma boa gestão, o psicólogo consegue prever receitas e despesas, planejar investimentos, evitar endividamento e criar uma reserva de segurança para períodos de menor movimento.

Além disso, o controle financeiro facilita o cumprimento das obrigações fiscais e contábeis, reduzindo riscos de multas ou problemas com a Receita Federal.

Outro ponto fundamental é que uma gestão eficiente proporciona uma visão clara da lucratividade real. Muitos profissionais acreditam estar ganhando bem porque o faturamento é alto, mas ao somar todos os custos fixos e variáveis percebem que a margem de lucro é muito menor do que imaginavam. Com organização, é possível enxergar essas distorções e tomar decisões para corrigi-las.

Para começar a organizar o financeiro do seu consultório de psicologia, continue a leitura e coloque em prática às dicas à seguir:

1.Comece separando as finanças pessoais e profissionais

O primeiro passo para organizar as finanças de um consultório de psicologia é separar completamente o dinheiro pessoal do profissional. Essa divisão é essencial para garantir clareza e evitar confusões na hora de calcular o lucro ou apurar os impostos.

Para isso, abra uma conta bancária exclusiva para o consultório. Utilize-a apenas para movimentações relacionadas à atividade profissional, como recebimento de atendimentos, pagamento de aluguel, fornecedores, impostos e pró-labore.

Evite misturar gastos pessoais, como alimentação, lazer e contas domésticas, na mesma conta.

Outro ponto importante é definir um valor fixo de retirada mensal, chamado de pró-labore. Ele representa o pagamento do psicólogo pelo trabalho que exerce na própria empresa. Essa prática ajuda a manter o equilíbrio financeiro do consultório, evitando retiradas desordenadas que possam comprometer o caixa.

2.Monte um fluxo de caixa eficiente

O fluxo de caixa é uma das ferramentas mais importantes da gestão financeira. Ele serve para registrar todas as entradas e saídas de dinheiro, permitindo acompanhar o comportamento financeiro do consultório ao longo do tempo.

  • Comece listando todas as fontes de receita, como atendimentos presenciais, consultas online, supervisões, palestras ou cursos.
  • Em seguida, registre todas as despesas, desde os custos fixos (aluguel, energia, internet, plataformas de agendamento, material de escritório) até os custos variáveis (materiais de reposição, marketing, transporte e eventuais serviços terceirizados).

Atualize o fluxo de caixa regularmente, de preferência todos os dias ou, no máximo, semanalmente. Dessa forma, você saberá exatamente quanto tem disponível em caixa, poderá prever períodos de baixa e planejar melhor os próximos passos. Softwares de gestão financeira ou planilhas automatizadas são ótimos aliados nesse processo.

3.Tenha um planejamento financeiro anual

Com o fluxo de caixa sob controle, é hora de planejar o futuro. O planejamento financeiro anual serve para estabelecer metas e criar um roteiro de crescimento para o consultório. Ele deve incluir projeções de receitas, despesas, investimentos e reservas.

Defina metas realistas de faturamento e determine quantos atendimentos mensais são necessários para alcançá-las.

Reserve parte do lucro para formar um fundo de emergência, que garanta estabilidade em períodos de menor demanda, como férias ou feriados prolongados. Também é importante planejar investimentos em melhorias, como reformas, atualização de equipamentos ou capacitação profissional.

Ter um planejamento financeiro não significa engessar o negócio, e sim criar um norte para as decisões. Revisar o plano a cada trimestre permite ajustes conforme o desempenho e as condições do mercado.

4.Organize as obrigações fiscais e tributárias

Psicólogos em geral, precisam estar atentos às suas obrigações fiscais. É necessário emitir notas fiscais ou recibos de todos os atendimentos realizados, além de entregar algumas declarações ao fisco e manter os impostos em dia.

O não cumprimento das obrigações pode gerar autuações e multas, além de prejudicar a regularidade fiscal do profissional.

Contar com uma contabilidade especializada em profissionais da saúde, como a Contabiliza+ Contabilidade, garante que todas as obrigações sejam cumpridas corretamente e dentro dos prazos.

O escritório também realiza o planejamento tributário, analisando o melhor regime de tributação (Simples Nacional, Lucro Presumido ou Lucro Real) e aplicando estratégias legais para pagar menos impostos.

5.Utilize ferramentas digitais para automatizar o financeiro

A tecnologia é uma grande aliada na organização financeira de consultórios. Hoje, existem softwares e aplicativos que integram todas as informações em um só lugar, desde o agendamento de consultas até o controle de pagamentos e emissão de notas fiscais.

Essas ferramentas permitem acompanhar as finanças em tempo real, gerar relatórios automáticos, identificar inadimplências e analisar o desempenho financeiro com poucos cliques.

Além disso, os softwares reduzem erros manuais e economizam tempo, permitindo que o psicólogo foque no que realmente importa: o atendimento aos pacientes.

Sistemas de gestão como iClinic ou plataformas financeiras como Conta Azul são exemplos de soluções amplamente utilizadas por profissionais da saúde. Integrá-los à contabilidade torna o processo ainda mais eficiente, garantindo que os dados sejam sincronizados com segurança.

6.Tenha controle sobre as entradas e saídas

organizar o financeiro de um consultório de psicologia

Outra prática essencial é manter um controle rigoroso sobre todos os recebimentos e pagamentos. Isso inclui anotar a forma de pagamento de cada paciente (Pix, transferência, cartão ou dinheiro) e registrar imediatamente cada entrada no sistema.

Também é importante acompanhar as despesas fixas mensais e manter um cronograma de pagamentos. Assim, você evita atrasos e juros desnecessários. Ter clareza sobre o calendário financeiro do consultório é fundamental para garantir a pontualidade nos compromissos e manter a credibilidade do negócio.

Além disso, é recomendado monitorar possíveis atrasos nos recebimentos, principalmente em casos de parcelamento ou convênios. Uma política de cobrança clara e profissional ajuda a reduzir a inadimplência e preservar o relacionamento com os pacientes.

7.Calcule e monitore indicadores financeiros

Medir resultados é essencial para melhorar o desempenho financeiro. Alguns dos principais indicadores que o psicólogo pode acompanhar incluem:

  • Ticket médio: Valor médio pago por paciente a cada atendimento.

  • Taxa de ocupação: Percentual de horários de atendimento realmente utilizados.

  • Lucratividade: Quanto sobra de lucro líquido após o pagamento de todas as despesas.

  • Ponto de equilíbrio: Valor mínimo necessário para cobrir custos fixos e variáveis.

Esses indicadores permitem avaliar se o preço das consultas está adequado, se os custos estão sob controle e se há espaço para crescimento. Com relatórios mensais gerados pela contabilidade, o psicólogo consegue interpretar esses dados e agir de forma estratégica.

8.Estabeleça uma precificação inteligente

Um erro frequente entre psicólogos é definir o preço das consultas sem considerar os custos reais do consultório. A precificação deve levar em conta todos os gastos fixos, o número médio de atendimentos por mês e a margem de lucro desejada.

Além disso, é importante avaliar o valor de mercado da sua região e o perfil do público atendido. Um preço muito baixo pode comprometer a rentabilidade; um valor muito alto pode afastar pacientes.

O equilíbrio entre custo, valor percebido e posicionamento profissional é o segredo para precificar corretamente.

Um contador pode auxiliar nesse cálculo, considerando a carga tributária e as contribuições obrigatórias para definir o valor ideal que mantenha a competitividade e a saúde financeira do negócio.

9.Use a contabilidade como parceira estratégica

A contabilidade vai muito além do simples envio de guias de impostos. Ela é uma ferramenta de gestão que ajuda o psicólogo a tomar decisões mais embasadas.

Com relatórios de desempenho, balanços e análises financeiras, é possível identificar oportunidades de redução de custos, reorganizar despesas e planejar o crescimento de forma segura.

A Contabiliza+ Contabilidade é especializada no atendimento a profissionais da saúde e oferece suporte completo para psicólogos em todas as etapas da jornada empresarial, desde a abertura do CNPJ até o acompanhamento contábil mensal.

A equipe cuida de toda a parte fiscal, trabalhista e tributária, além de fornecer relatórios gerenciais e consultoria personalizada para otimizar resultados.

10.Mantenha uma reserva de emergência e evite dívidas

Imprevistos acontecem em qualquer negócio, e ter uma reserva financeira é fundamental para enfrentar períodos de menor movimento.

O ideal é acumular o equivalente a pelo menos três meses de despesas fixas do consultório, garantindo tranquilidade em momentos de instabilidade ou imprevistos de saúde.

Evite também contrair dívidas desnecessárias. Se for preciso investir, prefira financiamentos com juros baixos ou busque linhas de crédito específicas para profissionais da saúde. O acompanhamento contábil ajuda a analisar se o investimento é viável e qual o impacto real nas finanças.

11.Invista em educação financeira e mentalidade empreendedora

Um dos pilares para manter o consultório de psicologia financeiramente saudável é o desenvolvimento da mentalidade empreendedora.

Muitos profissionais da saúde ainda encaram a gestão financeira com certo receio ou acreditam que ela é algo distante da prática clínica. No entanto, entender conceitos básicos de finanças, precificação e rentabilidade é fundamental para tomar decisões conscientes.

Buscar cursos de educação financeira voltados para profissionais liberais, participar de mentorias e acompanhar conteúdos sobre empreendedorismo pode transformar a forma como o psicólogo enxerga o próprio negócio.

Essa mudança de mentalidade ajuda o profissional a perceber que o consultório é uma empresa e, como tal, precisa de gestão, controle e estratégia para crescer. Com esse conhecimento, o psicólogo passa a definir metas financeiras claras, estabelece objetivos de expansão e toma decisões com mais segurança.

A Contabiliza+ Contabilidade incentiva seus clientes a adotarem esse perfil empreendedor, fornecendo orientação personalizada e explicando os números de forma acessível, para que o profissional compreenda a realidade do seu consultório e se torne protagonista das suas finanças.

12.Planeje a expansão do consultório com base em dados

Depois que o consultório atinge estabilidade financeira, é natural que surja o desejo de expandir o negócio, seja aumentando o número de atendimentos, contratando outros profissionais ou abrindo novas unidades.

No entanto, esse passo deve ser cuidadosamente planejado, com base em dados concretos e relatórios financeiros. Antes de expandir, é preciso avaliar o fluxo de caixa, a lucratividade atual, o ponto de equilíbrio e a capacidade de investimento.

A contabilidade especializada auxilia nesse processo, realizando projeções financeiras e simulações tributárias para entender se a expansão será viável e sustentável.

Com o suporte da Contabiliza+ Contabilidade, o psicólogo consegue planejar o crescimento de forma estruturada, evitando riscos e aproveitando oportunidades. Assim, o consultório evolui com segurança, mantendo a saúde financeira e fortalecendo sua posição no mercado.

Conclusão

Organizar o financeiro de um consultório de psicologia é um processo contínuo que exige disciplina, planejamento e apoio profissional.

Quando o psicólogo entende que a gestão financeira é parte essencial do sucesso da sua prática, o consultório se torna mais estável, lucrativo e preparado para crescer.

A Contabiliza+ Contabilidade oferece todo o suporte necessário para que você tenha uma contabilidade moderna, eficiente e adaptada à realidade dos profissionais da saúde mental.

Com uma equipe especializada, cuidamos de todas as obrigações fiscais e ajudamos a construir uma gestão financeira sólida e estratégica.

Se você é psicólogo e deseja ter mais controle, tranquilidade e economia na gestão do seu consultório, entre em contato com a Contabiliza+ Contabilidade.

Vamos ajudar você a organizar suas finanças, reduzir impostos e transformar seu consultório em um negócio saudável, lucrativo e pronto para o futuro.

Quanto paga de imposto mudando de MEI para ME

Quanto paga de imposto mudando de MEI para ME

Muitos empreendedores começam pequenos, como Microempreendedor Individual (MEI), mas com o crescimento do faturamento ou ampliação das atividades, surge a necessidade de migrar para Microempresa (ME).

Essa transição é natural e positiva, pois mostra que o negócio está se expandindo. No entanto, ela traz uma dúvida recorrente: quanto se paga de imposto ao sair do MEI e virar ME?

Neste artigo, a Contabiliza+ Contabilidade explica de forma simples e completa quais tributos passam a ser pagos após a mudança, como funcionam os cálculos, quais regimes tributários são mais vantajosos e o que muda na prática para o empreendedor.

Entendendo a diferença entre MEI e ME

Antes de calcular os impostos, é importante compreender as diferenças entre MEI e ME.

O MEI (Microempreendedor Individual) foi criado para formalizar profissionais autônomos e pequenos empreendedores de forma simplificada. Ele paga um valor fixo mensal, chamado DAS-MEI, e tem um limite de faturamento de R$ 81 mil por ano (R$ 6.750 por mês).

Já a ME (Microempresa) é uma empresa que fatura até R$ 360 mil por ano, ter mais de um funcionário, mais atividades no CNPJ e emitir notas fiscais para clientes maiores e órgãos públicos.

Mas essa liberdade vem acompanhada de novas obrigações fiscais e contábeis, e os tributos passam a ser calculados com base no faturamento e no regime tributário escolhido, não mais por um valor fixo.

Quando é preciso mudar de MEI para ME?

A mudança de MEI para ME pode acontecer por obrigação legal ou por decisão estratégica.

As situações mais comuns são:

  1. Faturamento anual acima de R$ 81 mil;

  2. Contratação de mais de um funcionário;

  3. Atividade econômica não permitida ao MEI (consultoria, engenharia, publicidade, medicina, advocacia etc.);

  4. Entrada de sócios na empresa;

  5. Desejo de emitir notas fiscais de valores maiores ou firmar contratos com empresas e governos.

Em qualquer desses casos, é necessário enquadrar o CNPJ como ME.

A boa notícia é que, com o acompanhamento de uma contabilidade especializada como a Contabiliza+, essa transição é rápida e segura.

O que acontece se o MEI ultrapassar o limite de faturamento

Um erro comum entre empreendedores é ultrapassar o limite de faturamento do MEI sem perceber. Quando isso acontece, é preciso regularizar a situação imediatamente para evitar multas e desenquadramento retroativo.

Existem duas situações possíveis:

  1. Ultrapassagem de até 20% do limite anual (até R$ 97.200)
    Nesse caso, o MEI pode continuar no regime até o final do ano, mas precisará recolher a diferença de impostos referente ao valor excedente por meio de um DAS complementar.

  2. Ultrapassagem acima de 20% do limite (acima de R$ 97.200)
    O desenquadramento é automático e retroativo a janeiro do mesmo ano, obrigando o empresário a recolher todos os impostos de ME como Simples Nacional, além de multas e juros sobre o período.

Por isso, é fundamental acompanhar o faturamento mensalmente com o apoio da contabilidade, para migrar no momento certo e evitar surpresas com a Receita Federal.

Quais impostos o MEI paga?

Para entender o aumento da carga tributária ao se tornar ME, é preciso lembrar como o MEI funciona.

O MEI paga um valor fixo mensal, que já engloba todos os impostos, conforme o tipo de atividade:

Tipo de atividade Imposto pago Valor aproximado mensal (2025)
Comércio ou indústria ICMS + INSS R$ 71,00
Prestação de serviços ISS + INSS R$ 75,00
Comércio e serviços ICMS + ISS + INSS R$ 76,00

Esses valores são atualizados anualmente com base no salário mínimo, mas continuam sendo muito baixos em relação aos impostos pagos por uma empresa maior.

Além disso, o MEI não precisa de contador, não entrega declarações complexas e tem um modelo simplificado de tributação.

O que muda ao virar Microempresa (ME)

Ao deixar de ser MEI, o empreendedor deixa de pagar o DAS fixo e passa a recolher impostos proporcionais ao faturamento.

A principal mudança está na forma de tributação: o empresário deve escolher um regime tributário, que define como os impostos serão calculados e quais alíquotas se aplicam ao negócio.

Os principais regimes disponíveis para uma ME são:

  • Simples Nacional (mais comum e vantajoso);

  • Lucro Presumido;

  • Lucro Real (raro para microempresas, usado por negócios de grande porte ou margens pequenas).

Cada um desses regimes possui regras próprias, e a escolha deve ser feita com apoio de uma contabilidade especializada, para evitar pagar mais impostos do que o necessário.

Impostos pagos pela Microempresa no Simples Nacional

O Simples Nacional é o regime mais utilizado por quem migra do MEI para ME, pois reúne vários tributos em uma única guia de pagamento (DAS), simplificando o processo.

Os impostos inclusos são:

  • IRPJ – Imposto de Renda Pessoa Jurídica;

  • CSLL – Contribuição Social sobre o Lucro Líquido;

  • PIS – Programa de Integração Social;

  • COFINS – Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social;

  • ISS – Imposto Sobre Serviços (para prestadores de serviço);

  • ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (para comércio e indústria);

  • CPP – Contribuição Previdenciária Patronal.

A alíquota inicial do Simples varia de 4% a 15,5% sobre o faturamento, dependendo do anexo e da faixa de receita da empresa.

Tabelas do Simples Nacional (2025)

O Simples Nacional possui cinco anexos de tributação, e cada um se aplica a um tipo de atividade. Veja os principais para entender quanto se paga após a migração:

Anexo I – Comércio

Faixa Receita em 12 meses Alíquota Valor a deduzir
Até 180.000,00 4,00%
De 180.000,01 a 360.000,00 7,30% R$ 5.940,00
De 360.000,01 a 720.000,00 9,50% R$ 13.860,00
De 720.000,01 a 1.800.000,00 10,70% R$ 22.500,00
De 1.800.000,01 a 3.600.000,00 14,30% R$ 87.300,00
De 3.600.000,01 a 4.800.000,00 19,00% R$ 378.000,00

 

Anexo II – Indústria

Faixa Receita em 12 meses Alíquota Valor a deduzir
Até 180.000,00 4,50%
De 180.000,01 a 360.000,00 7,80% R$ 5.940,00
De 360.000,01 a 720.000,00 10,00% R$ 13.860,00
De 720.000,01 a 1.800.000,00 11,20% R$ 22.500,00
De 1.800.000,01 a 3.600.000,00 14,70% R$ 85.500,00
De 3.600.000,01 a 4.800.000,00 30,00% R$ 720.000,00

 

Anexo III – Serviços

Faixa Receita em 12 meses Alíquota Valor a deduzir
Até 180.000,00 6,00%
De 180.000,01 a 360.000,00 11,20% R$ 9.360,00
De 360.000,01 a 720.000,00 13,20% R$ 17.640,00
De 720.000,01 a 1.800.000,00 16,00% R$ 35.640,00
De 1.800.000,01 a 3.600.000,00 21,00% R$ 125.640,00
De 3.600.000,01 a 4.800.000,00 33,00% R$ 648.000,00

 

Anexo IV – Serviços

Faixa Receita em 12 meses Alíquota Valor a deduzir
Até 180.000,00 4,50%
De 180.000,01 a 360.000,00 9,00% R$ 8.100,00
De 360.000,01 a 720.000,00 10,20% R$ 12.420,00
De 720.000,01 a 1.800.000,00 14,00% R$ 39.780,00
De 1.800.000,01 a 3.600.000,00 22,00% R$ 183.780,00
De 3.600.000,01 a 4.800.000,00 33,00% R$ 828.000,00

 

Anexo V – Serviços

Faixa Receita em 12 meses Alíquota Valor a deduzir
Até 180.000,00 15,50%
De 180.000,01 a 360.000,00 18,00% R$ 4.500,00
De 360.000,01 a 720.000,00 19,50% R$ 9.900,00
De 720.000,01 a 1.800.000,00 20,50% R$ 17.100,00
De 1.800.000,01 a 3.600.000,00 23,00% R$ 62.100,00
De 3.600.000,01 a 4.800.000,00 30,50% R$ 540.000,00

 

Importante: Na prática, a maior alíquota efetiva do Simples Nacional é de 19,50% sobre o faturamento, uma vez que a coluna “Valor a deduzir”, reduz a alíquota final de contribuição do regime.

Quanto paga um ME no Simples Nacional

Imagine que uma empresa prestadora de serviços (como marketing, psicologia ou design) fature R$ 15.000 por mês (R$ 180.000 por ano).

Se enquadrada no Anexo III, a alíquota inicial é 6%, logo:

R$ 15.000 × 6% = R$ 900 por mês em impostos.

Se a mesma empresa estivesse como MEI, pagaria apenas R$ 75 mensais, ou seja, a carga tributária aumenta consideravelmente, mas é proporcional ao faturamento e traz mais segurança e oportunidades de crescimento.

Em contrapartida, a empresa passa a ter direito de:

  • Emitir notas fiscais maiores;

  • Contratar mais funcionários;

  • Ampliar o negócio sem restrições de receita.

O que é o Fator R e como ele influencia o valor dos impostos

O Fator R é um dos pontos mais importantes para empresas de serviços. Ele define se o negócio será tributado pelo Anexo III (alíquota menor) ou pelo Anexo V (alíquota maior) do Simples Nacional.

A fórmula é simples:

Fator R = (Folha de pagamento + encargos) ÷ Receita bruta dos últimos 12 meses

Se o resultado for igual ou superior a 28%, a empresa é tributada no Anexo III. Se for inferior a 28%, cai no Anexo V, com impostos mais altos.

Exemplo:

  • Receita mensal: R$ 20.000

  • Folha de pagamento: R$ 6.000
    → 6.000 ÷ 20.000 = 30%

Resultado: Fator R = 30%, logo a empresa fica no Anexo III, pagando 6% de imposto.

Agora, se a folha fosse de apenas R$ 2.000 (10%), a empresa seria tributada no Anexo V, pagando cerca de 15,5% de imposto.

Essa diferença mostra como um bom planejamento contábil pode reduzir drasticamente os impostos, e é exatamente nisso que a Contabiliza+ Contabilidade atua.

Impostos no Lucro Presumido (alternativa ao Simples)

Alguns empreendedores que deixam de ser MEI podem optar pelo Lucro Presumido. Nesse regime, a tributação é calculada sobre uma margem presumida de lucro definida pela Receita Federal:

Na prática, a carga tributária total neste regime, gira em torno de 5,93% + ICMS para atividades do comércio e 11,33% + ISS para atividades de prestação de serviços.

Apesar de ser mais complexa, essa opção pode ser vantajosa para empresas com custos altos e boa margem de lucro real, especialmente em serviços intelectuais.

Principais diferenças no pagamento de impostos

Categoria MEI ME (Simples Nacional)
Forma de tributação Valor fixo mensal (DAS-MEI) Percentual sobre o faturamento
Limite de faturamento R$ 81.000/ano R$ 360.000/ano
Alíquota média de imposto ~1% 4% a 15,5%
Número de funcionários 1 Ilimitado
Atividades permitidas Restritas Ampla variedade
Obrigatoriedade contábil Não Sim (balanço, DRE, livros fiscais)

Custos adicionais ao virar ME

Além dos impostos, o empreendedor passa a ter outros custos administrativos:

  • Honorários contábeis mensais (para manter a empresa regular);

  • Certificado digital (obrigatório para emissão de notas fiscais);

  • Taxas municipais e estaduais, dependendo do tipo de atividade;

  • Encargos trabalhistas, caso contrate funcionários.

Mesmo com esses custos, o retorno é positivo: o CNPJ ganha credibilidade, pode participar de licitações, negociar com grandes empresas e crescer sem barreiras.

Como se preparar financeiramente para deixar de ser MEI

A transição para ME é um marco de crescimento, mas também exige planejamento financeiro. Antes de fazer a mudança, o ideal é revisar:

  • Custos fixos e variáveis: entenda quanto será o impacto dos novos tributos e taxas.

  • Precificação dos serviços ou produtos: atualize os preços, considerando o aumento dos encargos e a nova estrutura empresarial.

  • Fluxo de caixa: mantenha reservas suficientes para cobrir os primeiros meses de adaptação.

  • Contratação de contabilidade: conte com o suporte da Contabiliza+ Contabilidade para calcular corretamente as novas obrigações e definir o melhor regime tributário.

Com um bom planejamento, a migração não pesa no bolso e pode ser o início de uma fase mais lucrativa e estável para o negócio.

Vantagens de migrar para ME

Muitos empreendedores veem o aumento dos impostos como algo negativo, mas a verdade é que ser ME traz novas oportunidades de crescimento. Entre as principais vantagens estão:

  • Aumento da credibilidade: empresas formalizadas como ME passam mais confiança a clientes, fornecedores e bancos.

  • Possibilidade de atuar em licitações e contratos com grandes empresas.

  • Mais liberdade para expandir o negócio, com novos produtos, serviços e sócios.

  • Acesso a linhas de crédito empresariais, cartões PJ e financiamento com juros reduzidos.

  • Benefícios fiscais planejados, através do enquadramento tributário ideal.

Em resumo, migrar de MEI para ME não é apenas uma obrigação — é um passo estratégico para escalar resultados e consolidar o negócio no mercado.

Como a Contabiliza+ ajuda na transição de MEI para ME

Migrar de MEI para ME pode parecer burocrático, mas com o suporte certo, é um processo simples.

A Contabiliza+ Contabilidade oferece:

  • Enquadramento tributário ideal (Simples, Presumido ou Real);

  • Abertura e atualização cadastral completa;

  • Simulação de impostos e planejamento fiscal personalizado;

  • Emissão de notas fiscais eletrônicas;

  • Controle de pró-labore e distribuição de lucros;

  • Consultoria contínua para reduzir a carga tributária.

Assim, o empreendedor não apenas se regulariza, mas passa a lucrar mais e pagar menos impostos de forma legal.

Conclusão

Mudar de MEI para ME é um passo natural e essencial para quem deseja crescer de forma estruturada.
Embora os impostos aumentem, essa mudança traz novas oportunidades de faturamento, expansão e credibilidade.

De forma geral, ao migrar para ME, o empresário passa a pagar entre 4% e 15,5% de imposto sobre o faturamento, dependendo do tipo de atividade e regime escolhido.

Com o apoio da Contabiliza+ Contabilidade, é possível fazer essa transição de forma segura, planejada e estratégica, pagando o mínimo possível dentro da lei e aproveitando todos os benefícios do novo enquadramento.

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Receita Saúde ou Nota Fiscal Eletrônica: qual emitir em cada situação?

Receita Saúde ou Nota Fiscal Eletrônica

O recibo do Receita Saúde e a Nota Fiscal Eletrônica (NFS-e) são dois documentos que geram dúvidas constantes entre profissionais da saúde. 

Médicos, psicólogos, dentistas, fisioterapeutas e outros prestadores de serviços muitas vezes não sabem qual emitir em cada tipo de atendimento, especialmente com a integração crescente de sistemas municipais e federais.

Com o avanço da digitalização da Receita Federal e a implantação da NFS-e Nacional, essa distinção se tornou ainda mais importante, já que emitir o documento incorreto pode causar problemas fiscais, diferenças na declaração de Imposto de Renda e até glosas em reembolsos de convênios.

Neste guia completo preparado pela Contabiliza+ Contabilidade, vamos explicar em detalhes a diferença entre o Receita Saúde e a nota fiscal eletrônica, em quais situações cada uma deve ser usada, como emitir corretamente e os cuidados fiscais essenciais para manter a regularidade do seu consultório ou clínica.

O que é a Receita Saúde

O Receita Saúde é um recibo digital criado especialmente para profissionais da área da saúde que prestam serviços exclusivamente a outras pessoas físicas.

Esse modelo foi desenvolvido para simplificar o registro de atendimentos particulares, permitindo que médicos, psicólogos, dentistas, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais e outros profissionais formalizem seus rendimentos de forma prática e segura.

Por meio da Receita Saúde, o profissional informa:

  • Dados do paciente;

  • Data do atendimento;

  • Serviço prestado (ex.: consulta, sessão, avaliação);

  • Valor cobrado;

  • Forma de pagamento (PIX, cartão, dinheiro, etc.).

Ao final, é gerado um recibo oficial com validade fiscal, que serve tanto para comprovação de renda do profissional quanto para dedução de despesas médicas pelo paciente no Imposto de Renda.

Sendo assim, o Receita Saúde é a forma de registro dos atendimentos particulares de quem atua como pessoa física e recolhe tributos por meio do Carnê-Leão.

O que é a Nota Fiscal Eletrônica (NFS-e)

A nota fiscal eletrônica de serviços (NFS-e) é um documento fiscal oficial emitido por pessoas jurídicas (CNPJs) para registrar a prestação de serviços.

No caso dos profissionais da saúde, a NFS-e é obrigatória quando:

  • A clínica ou o profissional atua com CNPJ (empresa aberta);

  • O serviço é prestado a outra empresa;

  • O atendimento envolve repasse via plano de saúde, hospital ou laboratório.

Com a NFS-e Nacional, o sistema se tornou padronizado em todo o país, facilitando a emissão e centralizando o controle tributário junto à Receita Federal e às Prefeituras.

A nota fiscal é a única forma válida de comprovação de faturamento da empresa, permitindo que o contador apure corretamente os impostos (Simples Nacional, Lucro Presumido ou Lucro Real) e mantenha o CNPJ em situação regular.

Receita Saúde x Nota Fiscal Eletrônica: principais diferenças

Embora ambas sirvam para registrar serviços prestados, o Receita Saúde e a NFS-e têm finalidades, públicos e efeitos fiscais diferentes.

Aspecto Receita Saúde Nota Fiscal Eletrônica (NFS-e)
Quem emite Pessoa física (autônomo) Pessoa jurídica (empresa/CNPJ)
Tributação Carnê-Leão (IRPF mensal) IRPJ, CSLL, PIS, COFINS e ISS (conforme regime tributário)
Cliente Pessoa física (paciente particular) Pessoa física ou jurídica (paciente, convênio, empresa)
Finalidade Recibo de serviços médicos Documento fiscal com validade tributária
Comprovação no IR Serve para dedução de IR do paciente e registro no Carnê-Leão Serve para dedução de IR do paciente e apuração do faturamento da empresa
Emissão Pela função Receita Saúde no App oficial da Receita Federal. Pelo portal da Prefeitura ou NFS-e Nacional

Em resumo:

  • Pessoa física autônoma → Emite recibos no Receita Saúde

  • Pessoa jurídica (CNPJ) → Emite Nota Fiscal Eletrônica

Quando emitir recibos no Receita Saúde

O Receita Saúde deve ser usada quando o profissional atua como pessoa física, sem empresa aberta.

É a opção ideal para quem ainda não tem CNPJ, mas deseja manter sua renda formalizada e declarada corretamente no Carnê-Leão.

Situações em que o Receita Saúde é indicado:

  1. Atendimento particular direto ao paciente, sem intermediação de clínicas ou convênios;

  2. Serviços prestados por profissionais autônomos, como psicólogos, nutricionistas, terapeutas e fisioterapeutas;

  3. Consultas realizadas em consultório próprio, sem vínculo com pessoa jurídica;

  4. Atendimentos eventuais ou de valor reduzido, especialmente para quem está começando a atuar na área.

Além de garantir conformidade fiscal, o Receita Saúde permite que o paciente use o recibo para deduzir o valor da consulta no Imposto de Renda, desde que constem:

  • Nome completo e CPF do profissional;

  • CPF do paciente;

  • Descrição do serviço;

  • Valor e forma de pagamento;

  • Data e assinatura digital.

Dessa forma, tanto o profissional quanto o paciente ficam protegidos juridicamente e em conformidade com a Receita Federal.

Quando emitir a Nota Fiscal Eletrônica

Já a nota fiscal eletrônica é obrigatória quando há um CNPJ envolvido na operação, independentemente do porte da empresa (MEI, ME ou EPP).

Situações em que deve ser emitida:

  1. Atendimentos realizados por clínicas e consultórios com CNPJ;

  2. Serviços prestados a convênios médicos, planos de saúde e hospitais;

  3. Atendimentos realizados por profissionais PJ (pessoa jurídica);

  4. Prestação de serviços a outras empresas, mesmo que sejam clínicas parceiras;

A NFS-e garante o registro formal da receita da empresa e possibilita o cálculo correto dos tributos, como ISS, PIS, COFINS e IRPJ, de acordo com o regime tributário adotado.

O que acontece se emitir o documento errado

Emitir o documento incorreto pode gerar sérias consequências fiscais.

Pessoa física que deveria emitir nota fiscal: Se o profissional abriu CNPJ, mas continua usando a Receita Saúde, ele acabará pagando mais impostos que o necessário, uma vez que a tributação na pessoa física em regra, é maior que na pessoa jurídica.

Pessoa jurídica que emite recibo: Quando há uma pessoa jurídica constituída, o Receita Saúde precisa deixar de ser utilizado, pois do contrário, vão surgir inconsistências fiscais, o que pode resultar em problemas com o fisco.

Vale destacar que ao cruzar dados, a Receita Federal pode detectar inconsistências entre recibos, notas e declarações, gerando malha fina.

Por isso, a assessoria contábil especializada é indispensável para definir o modelo fiscal adequado e garantir que cada documento seja emitido corretamente.

Receita Saúde e Carnê-Leão: como funciona a tributação

O profissional que atua como pessoa física e emite recibos no Receita Saúde precisa recolher o Imposto de Renda Mensal, por meio do Carnê-Leão.

O Carnê-Leão é um sistema de declaração mensal disponível no portal e-CAC da Receita Federal, onde o profissional:

  • Informa os rendimentos recebidos de pessoas físicas;

  • Deduz despesas permitidas (como aluguel, materiais, INSS e dependentes);

  • Calcula automaticamente o IRPF mensal devido.

Ao final do ano, todas as informações são importadas para a Declaração de Imposto de Renda da Pessoa Física (DIRPF).

Se o profissional não declarar corretamente os valores recebidos por meio da Receita Saúde, a Receita Federal pode entender que houve omissão de rendimentos. Por isso, é essencial manter o registro mensal atualizado.

Veja a tabela do Imposto de Renda e as alíquotas utilizadas para cálculo do imposto devido:

Base de cálculo Alíquota Parcela a deduzir
Até 2.428,80 Isento Isento
De 2.428,81 até 2.826,65 7,50% R$ 182,16
De 2.826,66 até 3.751,05 15% R$ 394,16
De 3.751,06 até 4.664,68 22,50% R$ 675,49
Acima de 4.664,68 27,50% R$ 908,73

Nota Fiscal e regimes tributários: como ocorre a tributação do CNPJ

Empresas que emitem nota fiscal eletrônica têm sua tributação vinculada ao regime fiscal escolhido:

1. Simples Nacional

Os impostos são recolhidos em uma guia única (DAS), com alíquota variável conforme o Anexo III ou V.

  • Clínicas com alta folha de pagamento (despesas com folha ≥ 28%) ficam no Anexo III, com alíquota inicial de 6%;

  • Clínicas com pouca folha de pagamento (despesas com folha < 28%)  ficam no Anexo V, com alíquota inicial de 15,5%.

Por sua vez, considerando as deduções do regime, a alíquota efetiva máxima do Simples Nacional, é equivalente a 19,50% sobre o faturamento. O percentual é inferior ao praticado na tributação das pessoas físicas, cuja alíquota de IR pode chegar a 27,50%.

2. Lucro Presumido

Diferentemente do Simples Nacional, as alíquotas no Lucro Presumido não variam em função do volume de despesas com folha de pagamento.

Veja como funciona:

  • Impostos Federais: 11,33% sobre o faturamento;
  • Imposto Municipal (ISS): 2% a 5% sobre o faturamento, a depender do município.

Dessa forma, podemos afirmar, que a carga total de impostos no Lucro Presumido, varia de 13,33% a 16,33% sobre o faturamento.

3. Lucro Real

O Lucro Real é um regime complexo, pois parte dos impostos incide sobre o lucro contábil, o que exige a apuração precisa e periódica do balanço. 

No entanto, ele pode ser uma opção vantajosa para clínicas que possuem muitas despesas dedutíveis e margens menores.

Diante das opções, contar com o suporte de uma contabilidade especializada, é essencial para fazer a escolha certa e evitar o pagamento de impostos em excesso.

Emissão híbrida: quando o profissional atua como autônomo e pessoa jurídica

É comum que um profissional atue de forma mista, por exemplo, tenha um CNPJ para atuar em clínicas e, ao mesmo tempo, atenda pacientes particulares como pessoa física.

Nesse caso, ele pode emitir recibos no Receita Saúde para os atendimentos pessoais e nota fiscal eletrônica para os serviços prestados pelo CNPJ.

Contudo, é preciso manter separação total entre as duas fontes de receita:

  • Contas bancárias distintas;

  • Controle contábil separado;

  • Registros e declarações específicas (Carnê-Leão e Escrituração Fiscal).

Essa separação evita que a Receita Federal interprete os rendimentos como uma confusão patrimonial entre pessoa física e jurídica, o que pode gerar autuações e multas.

Como a Contabiliza+ auxilia na escolha e emissão correta

A Contabiliza+ Contabilidade é especializada no atendimento a profissionais da saúde, oferecendo consultoria completa sobre Receita Saúde, NFS-e e planejamento tributário personalizado.

Nosso trabalho inclui:

  • Definição da melhor forma de tributação (autônomo x CNPJ);

  • Apoio na emissão correta de documentos fiscais;

  • Orientação sobre o Carnê-Leão e declaração de IRPF;

  • Abertura e enquadramento tributário de clínicas e consultórios;

  • Suporte no envio de notas fiscais e cálculo de impostos;

  • Organização contábil e financeira de todos os atendimentos.

Com uma equipe especializada em contabilidade para médicos, psicólogos e profissionais da saúde, garantimos que você não pague impostos indevidos e mantenha sua atuação totalmente regularizada.

Quando vale a pena migrar da Receita Saúde para a Nota Fiscal

Se você atua como autônomo e já tem uma rotina de atendimentos estável, talvez seja hora de considerar abrir um CNPJ e passar a emitir nota fiscal eletrônica.

Isso porque, a partir de certo volume de atendimentos, a tributação via Carnê-Leão se torna menos vantajosa do que pelo Simples Nacional.

Além disso, o CNPJ oferece vantagens como:

  • Emissão de notas para convênios e empresas;

  • Maior credibilidade com pacientes e instituições;

  • Dedução de despesas operacionais (aluguéis, equipamentos, materiais, funcionários);

  • Acesso a crédito empresarial e financiamentos;

  • Redução da carga tributária efetiva, dependendo do faturamento.

A Contabiliza+ pode ajudar a comparar a tributação atual (como autônomo) com a simulação de impostos como pessoa jurídica, para definir o momento ideal de abertura de empresa.

Dicas práticas para evitar erros fiscais

  1. Emita sempre o documento correspondente à sua forma de atuação: Receita Saúde (PF) ou Nota Fiscal (PJ).

  2. Não misture contas bancárias pessoais com contas da empresa.

  3. Registre todos os atendimentos realizados, mesmo os pagos via PIX.

  4. Evite recibos manuais, prefira o sistema digital da Receita Saúde ou softwares de gestão médica integrados.

  5. Verifique as regras do seu município sobre NFS-e, pois as prefeituras podem exigir cadastros específicos.

  6. Revise mensalmente seus lançamentos fiscais com seu contador para evitar inconsistências.

Conclusão

A escolha entre Receita Saúde ou nota fiscal eletrônica depende diretamente do enquadramento tributário do profissional e do tipo de cliente atendido.

Enquanto o autônomo deve emitir a Receita Saúde e recolher o Carnê-Leão, o profissional com CNPJ é obrigado a emitir a NFS-e para cada serviço prestado.

Ambos os documentos têm validade fiscal, mas o uso incorreto pode gerar problemas com a Receita Federal e com o ISS municipal.

Por isso, contar com uma contabilidade especializada em profissionais da saúde é o caminho mais seguro para evitar erros e aproveitar oportunidades tributárias.

💡 Não sabe qual documento emitir em cada situação?

A Contabiliza+ Contabilidade te orienta passo a passo, desde a emissão da Receita Saúde, até a abertura de empresa e o planejamento tributário ideal para reduzir impostos de forma segura.

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Alíquotas e fator de redução para a área da saúde na reforma tributária

Alíquotas e fator de redução para a área da saúde na reforma tributária

A reforma tributária brasileira, aprovada pela Emenda Constitucional nº 132/2023 e recém regulamentada, representa a maior mudança no sistema de impostos sobre o consumo desde a Constituição de 1988.

Para os profissionais e empresas da área da saúde, como médicos, dentistas, fisioterapeutas, psicólogos, nutricionistas e clínicas de diferentes especialidades, entender essas transformações é essencial para evitar surpresas e manter a saúde financeira do negócio.

Neste guia preparado pela Contabiliza+ Contabilidade, vamos explicar o que muda com a reforma, o que é o fator de redução de 60%, como funciona a nova alíquota e como ela se compara com o cenário atual.

O que muda com a reforma tributária para serviços de saúde

O objetivo central da reforma tributária é simplificar e unificar a cobrança de tributos sobre o consumo, criando um sistema mais transparente e com menos burocracia.

Atualmente, empresas e profissionais de saúde lidam com diferentes tributos federais, estaduais e municipais, como:

  • PIS e COFINS (federais)

  • IPI (federal, em casos específicos)

  • ICMS (estadual)

  • ISS (municipal)

A partir da reforma, todos esses tributos serão substituídos por apenas dois impostos:

  • CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços): De competência federal, que substituirá PIS, COFINS e IPI.

  • IBS (Imposto sobre Bens e Serviços): De competência estadual e municipal, que substituirá ICMS e ISS.

A implementação será gradual, entre 2026 e 2032. Durante esse período, o sistema atual conviverá com o novo modelo, em um regime de transição.

A previsão é que, em 2033, a cobrança seja feita exclusivamente pelos novos tributos.

Alíquota padrão e o fator de redução para a saúde

O desenho da reforma prevê uma alíquota padrão estimada em 27%, resultante da soma do IBS e da CBS.

No entanto, para setores essenciais, como a saúde, haverá uma redução de 60% da base de cálculo, que na prática significa uma alíquota efetiva de cerca de 10,92%.

Essa redução automática é conhecida como fator de redução, e visa garantir que serviços fundamentais continuem acessíveis à população e não sofram aumento de custos.

Serviços de saúde contemplados:

Entre as atividades que poderão aplicar a alíquota reduzida de 60%, estão:

  • Consultas médicas em diversas especialidades

  • Serviços hospitalares e de urgência

  • Atendimentos odontológicos

  • Serviços de fisioterapia, psicologia, nutrição e fonoaudiologia

  • Serviços de diagnóstico por imagem e laboratoriais

  • Transporte de pacientes, incluindo ambulâncias

  • Assistência a idosos e pessoas com deficiência

Com isso, praticamente todos os serviços de saúde serão beneficiados pelo desconto, desde consultórios individuais até grandes clínicas.

Como funciona o fator de redução na prática

O fator de redução é um desconto sobre a base de cálculo do novo imposto. Por exemplo, se a alíquota total de referência é de 27%, os serviços de saúde pagarão apenas 40% dessa base, resultando em uma alíquota efetiva de 10,92%.

Isso significa que, para cada R$ 100,00 de faturamento, o profissional ou clínica de saúde pagará aproximadamente R$ 10,92 de tributos sobre o consumo, considerando apenas os novos impostos.

É importante destacar que, para usufruir do benefício, a atividade precisa estar corretamente registrada como serviço de saúde junto aos órgãos competentes, com CNAE adequado e emissão de notas fiscais em conformidade.

Como é a tributação atual dos profissionais da saúde

Para entender o impacto da nova alíquota, é preciso conhecer como funciona a tributação atual. Hoje, os profissionais da saúde costumam atuar com um CNPJ, escolhendo entre Simples Nacional ou Lucro Presumido.

Simples Nacional

No Simples Nacional, o profissional pode se enquadrar em dois anexos, dependendo do chamado Fator R – que mede o peso da folha de pagamento em relação ao faturamento.

  • Anexo III: Quando a folha (incluindo pró-labore) representa pelo menos 28% do faturamento. A alíquota efetiva varia de 6% a 19,5%, considerando as deduções por faixa de receita.

  • Anexo V: Quando a folha é inferior a 28% do faturamento. Aqui, a alíquota efetiva varia de 15,5% a 19,5%, podendo chegar a 30,5% na tabela nominal, mas com deduções que reduzem o peso final.

O Simples Nacional é bastante popular, especialmente entre clínicas pequenas e médios consultórios, porque simplifica a apuração e unifica tributos em uma única guia.

Lucro Presumido

No Lucro Presumido, a carga tributária não varia com a folha de pagamento, e sim com um percentual de presunção de lucro sobre a receita bruta.

  • Impostos federais: Cerca de 11,33%.

  • ISS: Entre 2% e 5%, dependendo do município.

  • Total: De 13,33% a 16,33%.

É uma opção comum para clínicas maiores ou para quem tem despesas mais complexas, pois pode oferecer vantagem em determinados cenários de faturamento.

Comparação: cenário atual x nova alíquota de 10,92%

Com a reforma, a alíquota reduzida de 10,92% para serviços de saúde muda significativamente o cálculo da tributação.

Alguns profissionais podem ter aumento de impostos, enquanto outros poderão pagar menos.

Vamos analisar exemplos práticos para ilustrar.

Caso 1: Médico no Simples Anexo III

  • Faturamento mensal: R$ 15.000

  • Fator R: Acima de 28%

  • Alíquota efetiva atual: 6%

  • Imposto mensal: R$ 900

Com a nova alíquota de 10,92%, o imposto mensal seria de R$ 1.638.
Impacto: aumento de R$ 738 por mês.

Caso 2: Médico no Simples Anexo V

  • Faturamento mensal: R$ 15.000

  • Fator R: abaixo de 28%

  • Alíquota efetiva atual: 15,5%

  • Imposto mensal: R$ 2.325

Com a nova alíquota de 10,92%, o imposto mensal cai para R$ 1.638.
Impacto: redução de R$ 687 por mês.

Caso 3: Clínica no Lucro Presumido (ISS 5%)

  • Faturamento mensal: R$ 15.000

  • Carga atual: 16,33%

  • Imposto mensal: R$ 2.449,50

Com a nova alíquota de 10,92%, o imposto mensal cai para R$ 1.638.
Impacto: economia de R$ 811,50 por mês.

Esses exemplos deixam claro que não há um único efeito para todos. Profissionais que hoje se beneficiam de alíquotas muito baixas no Simples Nacional podem ter aumento de carga tributária, enquanto quem está no Anexo V ou no Lucro Presumido tende a pagar menos.

Estratégias de planejamento e adaptação à nova tributação da saúde

Já vimos em detalhes como a reforma tributária muda a cobrança de impostos para a área da saúde, com destaque para a alíquota reduzida de 10,92% garantida pelo fator de redução de 60%

Agora, vamos avançar para o passo mais importante: como se preparar para essa transição, aproveitando as oportunidades de economia e evitando surpresas negativas.

O novo sistema será implementado de forma gradual, começando em 2026 e com previsão de convivência entre o modelo atual e o novo até 2032. Isso significa que, durante vários anos, dois regimes de tributação existirão ao mesmo tempo.

Esse período de transição oferece uma grande vantagem: tempo para planejar.

Quem começar a preparar a empresa ou o consultório agora, em 2025, poderá:

  • Simular cenários com base no faturamento e nas projeções de crescimento.

  • Testar alternativas de regime tributário para identificar o modelo mais vantajoso.

  • Reestruturar a sociedade ou a forma de prestação de serviços para se enquadrar melhor na nova legislação.

  • Evitar prejuízos financeiros quando as novas regras entrarem em vigor definitivamente.

Reavaliação do regime tributário: a base do planejamento

A primeira ação indispensável é comparar os regimes atuais (Simples Nacional e Lucro Presumido) com a futura alíquota de 10,92%. Essa análise vai revelar se a mudança será positiva ou negativa.

Para quem está no Simples Anexo III, pagando hoje alíquotas efetivas de 6% a 19,5%, a tendência é de aumento de imposto quando a alíquota subir para 10,92%, principalmente se a carga atual for próxima ao piso de 6%.

profissionais no Anexo V, que hoje arcam com 15,5% ou mais, devem sentir redução da carga tributária. O mesmo vale para clínicas no Lucro Presumido, onde a tributação varia de 13,33% a 16,33%.

O que fazer na prática:

  • Solicitar ao contador simulações detalhadas para diferentes cenários de faturamento, considerando crescimento projetado e custos fixos.

  • Avaliar custos indiretos de cada regime, como obrigações acessórias e exigências de controle contábil.

  • Considerar a possibilidade de migração de regime antes da plena vigência da reforma, se isso representar economia no curto e longo prazo.

Ajustes na estrutura societária

A forma como a empresa é organizada influencia diretamente a carga de impostos e a flexibilidade de gestão.

Com a nova tributação, pode ser o momento ideal para repensar a estrutura jurídica.

Algumas opções a considerar:

  • Sociedade empresária: Oferece mais possibilidades de crescimento e captação de recursos, ideal para clínicas que pretendem abrir filiais ou expandir serviços.

  • Sociedade simples pura: Tradicional entre profissionais de saúde, mas com limitações para diversificação de atividades.

  • Holding patrimonial: Indicada para clínicas que possuem imóveis ou equipamentos de alto valor, auxiliando na proteção de bens e no planejamento sucessório.

  • Separação de atividades em CNPJs distintos: Em alguns casos, pode ser vantajoso ter um CNPJ para atividades assistenciais e outro para locação de espaço ou gestão de equipamentos, desde que a operação seja bem estruturada e legal.

Cada alternativa deve ser estudada com assessoria contábil e jurídica, garantindo segurança jurídica e aproveitamento máximo das oportunidades de redução de impostos.

Planejamento de faturamento e precificação

Passos recomendados:

  • Elaborar projeções de faturamento para os próximos 3 a 5 anos, considerando tendências de mercado e expansão da clínica.

  • Avaliar se o crescimento esperado exigirá mudanças de regime ou de estrutura societária.

  • Revisar a política de preços e pacotes de serviços para garantir que a margem de lucro líquido seja preservada, mesmo com uma alíquota única de 10,92%.

Essa análise deve ser contínua, permitindo ajustes rápidos caso a demanda aumente ou o mercado sofra alterações significativas.

Gestão financeira e controle de custos

Quando os impostos incidem sobre o faturamento bruto, cada real desperdiçado em custos desnecessários pesa mais no caixa.

Por isso, uma gestão financeira rigorosa se torna indispensável.

Boas práticas:

  • Implantar sistemas de gestão financeira integrados à contabilidade, permitindo acompanhamento em tempo real das receitas e despesas.

  • Negociar com fornecedores e prestadores de serviços para reduzir custos operacionais.

  • Monitorar indicadores-chave, como margem de lucro líquido, ticket médio por paciente e índice de inadimplência.

  • Reforçar o controle de contratos de convênios e planos de saúde, evitando glosas e atrasos de repasses.

Com processos financeiros bem organizados, é possível absorver variações de carga tributária sem comprometer a rentabilidade.

Simulações de cenários: a ferramenta mais poderosa

A simulação é a forma mais eficiente de antever os efeitos da reforma. Com ela, o profissional da saúde pode avaliar como mudanças no faturamento, no regime tributário ou na estrutura societária impactam o valor final dos impostos.

O ideal é:

  • Rodar simulações periódicas, ao menos duas vezes por ano, ou sempre que houver mudança relevante no negócio.

  • Considerar variáveis diferentes, como aumento da equipe, inclusão de novos serviços ou mudança no perfil dos pacientes.

  • Avaliar tanto o período de transição (2026-2032) quanto o cenário definitivo pós-2033.

Essas projeções orientam decisões de investimento e ajudam a evitar surpresas desagradáveis quando o novo modelo estiver totalmente implementado.

Aproveitando incentivos e benefícios locais

Apesar da unificação nacional, municípios e estados ainda poderão oferecer incentivos complementares, especialmente para clínicas que geram emprego e movimentam a economia local.

Acompanhar programas de incentivo regionais, como redução de taxas ou isenção em determinados serviços, pode representar economia adicional.

O suporte de uma contabilidade especializada é fundamental para identificar essas oportunidades e garantir o cumprimento de todos os requisitos.

O papel estratégico da Contabiliza+ Contabilidade

A equipe da Contabiliza+ Contabilidade está preparada para auxiliar clínicas, consultórios e profissionais da saúde a navegar pela reforma tributária com segurança.

Entre os serviços oferecidos:

  • Estudo personalizado de impacto, com análise da situação atual e simulação da nova alíquota de 10,92%.

  • Definição do regime tributário ideal para cada fase da transição.

  • Orientação na reestruturação societária, incluindo constituição de holdings ou reorganização de CNPJs.

  • Acompanhamento contínuo da legislação, ajustando as estratégias sempre que novas normas forem publicadas.

Com esse suporte, é possível transformar a reforma em uma oportunidade, reduzindo a carga tributária de forma legal e planejada.

Conclusão: prepare-se agora para colher resultados no futuro

A reforma tributária marca um novo capítulo para a tributação da saúde no Brasil.

O fator de redução de 60%, que garante uma alíquota efetiva de cerca de 10,92%, representa uma mudança que pode significar aumento de impostos para alguns e redução para outros.

Quem hoje paga apenas 6% no Simples Nacional poderá ver a carga subir. Já quem atua no Anexo V ou no Lucro Presumido tem grande chance de pagar menos.

Por isso, o planejamento imediato é a melhor forma de proteger a saúde financeira do consultório ou da clínica.

A Contabiliza+ Contabilidade oferece o suporte técnico e estratégico para que cada profissional de saúde faça escolhas embasadas e esteja preparado para as novas regras.
Com um plano tributário sólido, você garante que a reforma, em vez de um obstáculo, seja um impulso para o crescimento sustentável do seu negócio.

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O que é Nota Fiscal de Serviços Nacional e quando entra em vigor?

O que é Nota Fiscal de Serviços Nacional e quando entra em vigor

A Nota Fiscal de Serviços Nacional (NFS-e Nacional) representa uma das maiores transformações no cenário tributário brasileiro dos últimos anos. 

Criada para padronizar a emissão de notas fiscais de serviços em todo o país, ela busca reduzir a burocracia, integrar os municípios em um modelo único e preparar o sistema para as mudanças trazidas pela Reforma Tributária.

Até então, cada prefeitura adotava suas próprias regras e sistemas de emissão, o que dificultava a vida de empreendedores e contadores que atuam em mais de uma cidade. 

Agora, com a NFS-e Nacional, haverá um padrão único, centralizado em um ambiente nacional de dados. Mas o que isso significa na prática, quais são os objetivos e quando essa mudança passa a valer para todos os contribuintes?

O que é a Nota Fiscal de Serviços Nacional

A criação da NFS-e Nacional visa acabar com a fragmentação existente entre os sistemas municipais, trazendo uniformidade, praticidade e transparência

Esse novo modelo permitirá que a emissão de notas siga as mesmas regras em qualquer cidade do Brasil.

A NFS-e Nacional é um documento fiscal digital padronizado para registrar a prestação de serviços em todo o território nacional. Sua emissão será feita em um sistema central, chamado Ambiente de Dados Nacional (ADN), que será responsável por validar, numerar e armazenar cada nota emitida.

Na prática, o prestador de serviços não precisará mais lidar com dezenas de sistemas municipais diferentes. Haverá um formato único, com campos e leiaute iguais em qualquer lugar do país.

Por que a Nota Fiscal Nacional foi criada

O modelo nacional surgiu com dois objetivos principais. O primeiro é simplificar a vida do contribuinte, eliminando diferenças que hoje geram custos extras e aumentam o risco de erros. 

O segundo é preparar a estrutura tributária para o futuro Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), previsto na Reforma Tributária.

Com isso, a NFS-e Nacional se torna um passo estratégico rumo à integração dos sistemas fiscais, fortalecendo o controle e aumentando a eficiência na arrecadação.

Diferença em relação às notas municipais

Até agora, cada prefeitura possuía liberdade para definir como sua nota fiscal eletrônica deveria ser emitida. Isso fazia com que empresas que prestam serviços em diversas cidades precisassem se adaptar a múltiplas regras, layouts e plataformas.

Com a NFS-e Nacional, essa realidade muda. As notas passam a ter campos padronizados, numeração sequencial nacional e armazenamento centralizado, garantindo maior segurança e previsibilidade para contribuintes e municípios.

Quando entra em vigor a NFS-e Nacional

O calendário de implantação da NFS-e Nacional foi definido de forma gradual, contemplando diferentes perfis de contribuintes e permitindo que municípios se adaptem à nova realidade.

O cronograma oficial de obrigatoriedade segue três etapas:

  • Setembro de 2023: Início da obrigatoriedade para os Microempreendedores Individuais (MEIs) prestadores de serviços.

  • Ano de 2025: Fase de adaptação para empresas em geral, com integração das prefeituras e ajustes técnicos nos sistemas.

  • Janeiro de 2026: Início da obrigatoriedade para todas as empresas prestadoras de serviços, além da exigência de que todos os municípios estejam conectados ao padrão nacional.

Esse calendário foi pensado justamente para dar tempo de transição e evitar rupturas bruscas na rotina fiscal dos contribuintes.

O MEI (Microempreendedor Individual) foi o primeiro a ser incluído nessa nova realidade. Atualmente, todo microempreendedor individual prestador de serviços deve emitir suas notas exclusivamente pelo modelo nacional, utilizando o emissor web ou o aplicativo oficial da NFS-e.

Essa mudança trouxe simplicidade para o MEI, que antes dependia das regras municipais. Agora, ele tem acesso a um sistema padronizado, que permite emitir, cancelar e compartilhar notas com poucos cliques.

Para as demais empresas, a obrigatoriedade começa em janeiro de 2026. Até lá, 2025 é o ano para se preparar, ajustando sistemas, treinando equipes e testando o novo modelo.

Quais os benefícios para empresas e contribuintes

Além de unificar o processo de emissão de notas fiscais, a NFS-e Nacional traz vantagens que impactam diretamente a rotina de empresários e contadores.

Redução de burocracia

O benefício mais evidente é a simplificação. Uma empresa que presta serviços em várias cidades não precisará mais se adaptar a diferentes sistemas e exigências locais. 

Na prática, isso representa economia de tempo, redução de custos administrativos e menos chance de cometer erros que possam gerar autuações.

Integração com a Reforma Tributária

Outro grande benefício é que a NFS-e Nacional já nasce alinhada à Reforma Tributária. Como a tendência é de unificação dos impostos sobre consumo, ter um sistema único de emissão de notas de serviços é essencial para que o futuro IBS seja implementado com eficiência.

Assim, empresas que se adaptarem logo à NFS-e terão mais facilidade quando os novos tributos entrarem em vigor.

Segurança e transparência

Por fim, a NFS-e Nacional garante maior segurança tanto para empresas quanto para administrações públicas. 

Como os dados ficam armazenados em um ambiente centralizado, haverá mais controle sobre fraudes, mais facilidade para fiscalizações e maior transparência nas informações.

Além disso, os contribuintes terão acesso facilitado às suas notas, podendo consultá-las de forma rápida e confiável.

Como se adaptar à Nota Fiscal de Serviços Nacional?

A implantação da NFS-e Nacional exige atenção das empresas e dos municípios. Embora a mudança traga inúmeros benefícios, também existem desafios práticos que precisam ser considerados. 

Não tenha dúvidas, ignorar esses pontos pode gerar falhas na emissão, problemas de conformidade e até autuações fiscais.

Atualização de sistemas

Um dos principais desafios está ligado à tecnologia. Empresas que utilizam sistemas de gestão (ERPs) precisarão adequar seus softwares ao novo leiaute nacional. 

Na prática, isso inclui atualizar cadastros, integrar os sistemas ao Ambiente de Dados Nacional e garantir que todos os módulos de faturamento, contabilidade e financeiro estejam alinhados ao mesmo padrão.

Além disso, será necessário testar rotinas de contingência, como emissão de RPS (Recibo Provisório de Serviços) e cancelamentos. Esse processo demanda tempo, investimento e acompanhamento técnico especializado.

Treinamento da equipe

Outro cuidado essencial está relacionado ao capital humano. Equipes de faturamento e de contabilidade, acostumadas a lidar com sistemas municipais, precisarão ser treinadas para usar o novo modelo.

O treinamento deve incluir:

  • como emitir notas pelo sistema nacional;

  • como interpretar os novos campos obrigatórios;

  • quais são os prazos e regras de substituição e cancelamento;

  • como armazenar e compartilhar corretamente os documentos emitidos.

Sem a devida capacitação, é grande o risco de erros na fase inicial de adaptação.

Atenção às regras municipais

Apesar da padronização, o ISS continua sendo um imposto municipal. Isso significa que cada cidade ainda pode ter particularidades em relação à alíquota, aos serviços sujeitos à retenção e a prazos de recolhimento.

Portanto, mesmo com a NFS-e Nacional, será necessário acompanhar as orientações de cada prefeitura para garantir que os valores sejam recolhidos corretamente. 

O modelo nacional simplifica a emissão, mas não elimina a autonomia das administrações locais.

Como preparar sua empresa para emitir a Nota Fiscal de Serviços Nacional

Diante dos desafios, é fundamental que empresas e contadores adotem uma postura preventiva. 

Não tenha dúvidas, preparar-se com antecedência é a melhor forma de evitar surpresas quando a obrigatoriedade chegar em janeiro de 2026.

Checklist para empresas

Para facilitar, veja um passo a passo prático que toda empresa deve seguir:

  1. Mapear os serviços prestados: Identificar em quais cidades a empresa atua e quais atividades estão sujeitas ao ISS.

  2. Atualizar o sistema de gestão: Verificar com o fornecedor do ERP se já existe integração com o padrão nacional.

  3. Testar a emissão de notas: Realizar testes em ambiente de homologação para identificar possíveis falhas.

  4. Revisar cadastros de clientes: Garantir que informações de tomadores estejam corretas para evitar rejeições.

  5. Treinar a equipe: Preparar colaboradores para as mudanças, especialmente no que se refere à rotina de emissão, cancelamento e substituição de notas.

  6. Estabelecer rotinas de conferência: Criar procedimentos internos para validar se todas as notas foram emitidas corretamente e armazenadas no sistema.

Seguir esse checklist garante que a empresa esteja pronta para migrar com segurança ao novo modelo.

Além disso, o contador tem papel fundamental nessa transição. Mais do que nunca, ele será o parceiro estratégico do empresário, lhe ajudando a interpretar as regras, ajustar processos e garantir conformidade.

Cabe ao contador:

  • Orientar sobre o uso da NFS-e Nacional;

  • Acompanhar prazos e legislações municipais;

  • Auxiliar no treinamento da equipe interna;

  • Revisar notas emitidas para evitar inconsistências;

  • Apoiar a integração entre sistema de gestão e ambiente nacional.

Com esse suporte, a empresa ganha tranquilidade para focar em suas atividades principais, sabendo que está cumprindo corretamente suas obrigações fiscais.

O impacto da NFS-e Nacional no futuro da tributação

A NFS-e Nacional não é apenas uma mudança operacional, mas também um marco no processo de digitalização da tributação no Brasil

Ao centralizar os dados em um ambiente único, o país cria condições para avançar em um modelo de arrecadação mais moderno e eficiente.

Preparação para o IBS

A futura implantação do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) exigirá integração total entre União, estados e municípios. A padronização da NFS-e é um passo crucial nesse processo, pois garante que já exista uma base sólida de dados para o novo tributo.

Na realidade, isso significa que as empresas que se adaptarem logo à NFS-e terão menos impacto quando o IBS entrar em vigor, uma vez que já estarão habituadas a lidar com um sistema padronizado.

Redução de fraudes e aumento da arrecadação

Com dados centralizados e integrados, as administrações tributárias terão mais facilidade para cruzar informações e identificar inconsistências. Isso reduz as chances de fraudes e amplia a eficiência da fiscalização.

Ao mesmo tempo, a simplificação no processo de emissão das notas fiscais, tende a aumentar a conformidade voluntária, ou seja, mais empresas emitindo corretamente suas notas, o que amplia a arrecadação dos municípios.

Como emitir a Nota Fiscal de Serviços Nacional

A emissão da NFS-e Nacional é simples, mas exige que o prestador de serviços siga alguns passos básicos. 

O processo poderá ser feito de duas formas: 

  • Pelo emissor nacional gratuito (disponível em versão web e aplicativo);
  • Por meio de integração do sistema de gestão (ERP) da empresa ao Ambiente de Dados Nacional.

Passo a passo no emissor web e aplicativo

O emissor gratuito é a ferramenta oficial criada para facilitar a vida de MEIs e pequenos prestadores de serviço. Para usá-lo, basta acessar o site oficial da NFS-e ou baixar o aplicativo disponível para Android e iOS.

O primeiro passo é realizar o login com os dados do contribuinte, utilizando o Gov.br. Depois, o prestador deve preencher as informações solicitadas: 

  • Dados do tomador de serviços;
  • Descrição do serviço prestado;
  • Valor da operação. 

O sistema gera automaticamente a nota, que pode ser enviada ao cliente por e-mail, impressa ou baixada em PDF.

Esse processo é rápido e intuitivo, garantindo que até mesmo quem não tem experiência consiga emitir o documento corretamente.

Emissão integrada ao sistema de gestão

Empresas de médio e grande porte, que emitem muitas notas fiscais por mês, podem optar pela emissão integrada ao seu ERP

Nesse caso, o sistema de gestão é configurado para se comunicar com o Ambiente de Dados Nacional (ADN) por meio de webservices.

Assim, a emissão é feita diretamente dentro do sistema da empresa, sem necessidade de acessar o emissor web. 

Essa modalidade reduz o risco de erros manuais, melhora a automação do processo e facilita a integração com os módulos contábil e financeiro.

É importante que a empresa valide junto ao seu fornecedor de software se o ERP já está adaptado ao padrão nacional e se o leiaute utilizado é o mais recente.

Principais dúvidas sobre a NFS-e Nacional

A seguir, algumas das dúvidas mais comuns dos empresários e prestadores de serviços:

  • O MEI pode continuar emitindo notas pelo sistema da prefeitura? 

Não. O MEI prestador de serviços deve emitir suas notas exclusivamente pelo modelo nacional, via aplicativo ou emissor web.

  • Empresas do Simples Nacional também precisam migrar? 

Sim. Todas as empresas prestadoras de serviços, independentemente do regime tributário, estarão obrigadas a usar a NFS-e Nacional a partir de janeiro de 2026.

  • A NFS-e Nacional muda o cálculo do ISS? 

Não. O ISS continua sendo um imposto municipal, com alíquotas e regras definidas por cada cidade. O que muda é apenas a padronização do processo de emissão e compartilhamento dos dados.

Conclusão

A Nota Fiscal de Serviços Nacional é muito mais do que um novo modelo de documento fiscal. Ela representa um passo decisivo rumo à simplificação tributária, à transparência e à preparação para a Reforma Tributária.

Para empresas e contadores, o momento é de ação preventiva. Usar 2025 para ajustar sistemas, treinar equipes e revisar processos é fundamental para chegar a 2026 pronto para a obrigatoriedade.

E lembre-se: a transição não precisa ser complicada. Com a assessoria da Contabiliza+ Contabilidade, sua empresa pode contar com especialistas para acompanhar cada etapa, desde a atualização de sistemas até a emissão da primeira nota no modelo nacional.

👉 Fale com a Contabilizar e prepare-se para a NFS-e Nacional com segurança e tranquilidade.

Receita Federal notifica empresas por deixar de emitir nota fiscal em vendas no PIX e cartão

Receita Federal notifica empresas por deixar de emitir nota fiscal em vendas no PIX e cartão

A transformação digital mudou a forma como as empresas recebem pagamentos no Brasil. Hoje, o PIX e os cartões de crédito e débito já são os meios de pagamento mais utilizados pelos consumidores. Essa praticidade trouxe inúmeros benefícios, mas também aumentou a capacidade de fiscalização da Receita Federal.

Nos últimos meses, muitas empresas foram notificadas pela Receita Federal por deixarem de emitir nota fiscal em vendas realizadas por PIX e cartões. A falta de regularização pode gerar multas pesadas, problemas tributários e até impedimentos legais.

Para saber mais sobre o assunto, evitar dor de cabeça, bem como, conhecer o caminho para resolver pendências com o PIX, relacionadas às vendas no PIX e cartão, continue conosco, e acompanhe este conteúdo até o final.

Por que a Receita Federal está notificando empresas?

A Receita Federal tem investido fortemente em tecnologia e cruzamento de dados. Pagamentos feitos por PIX e cartão deixam rastros digitais que podem ser facilmente monitorados.

Ao comparar os valores recebidos via instituições financeiras com as notas fiscais emitidas, a Receita identifica divergências e emite notificações.

Em outras palavras: se sua empresa recebeu R$ 100.000 em PIX ou cartão, mas só declarou R$ 70.000 em notas fiscais, a Receita entende que houve sonegação de R$ 30.000.

Esse processo é chamado de malha fiscal digital, uma evolução da famosa malha fina do Imposto de Renda, agora aplicada também às empresas.

Qual a obrigação legal de emitir nota fiscal?

Toda empresa que realiza vendas ou presta serviços tem a obrigação de emitir nota fiscal:

  • Nota Fiscal de Produto (NF-e): Quando se trata de venda de mercadorias.

  • Nota Fiscal de Serviço (NFS-e): Para prestação de serviços.

  • NFC-e (Nota Fiscal ao Consumidor Eletrônica): Usada em vendas ao consumidor final no varejo.

A legislação prevê que a nota fiscal deve ser emitida independentemente da forma de pagamento. Ou seja, não importa se o cliente pagou em dinheiro, cartão ou PIX, a emissão é obrigatória.

👉 Não emitir nota fiscal, é considerado sonegação, e atualmente, com os meios digitais rastreáveis, ficou muito mais fácil para o fisco, identificar quem possui essa prática.

Como a Receita cruza dados do PIX e do cartão

Um dos principais motivos da intensificação da fiscalização é a integração de sistemas.

  • PIX: Como é gerido pelo Banco Central, todas as transações são registradas. Além disso, através de declarações como a e-Financeira, os bancos são obrigados a informar periodicamente ao fisco, às movimentações via PIX dos seus clientes.

  • Cartões: As operadoras de cartão de crédito e débito são obrigadas a fornecer dados de faturamento das empresas à Receita, por meio da Declaração de Informações de Cartões de Crédito (DECRED).

Com esses dados, a Receita consegue identificar empresas que recebem muito por PIX e cartão, mas não registram a mesma movimentação em notas fiscais.

Esse cruzamento é automático, rápido e preciso, aumentando o risco de autuação para quem tenta omitir informações.

Penalidades para quem não emite nota fiscal

As penalidades variam conforme a legislação de cada estado ou município, mas em geral incluem:

  1. Multas financeiras: Podem variar de 10% a 100% do valor da operação não declarada.

  2. Impedimento de emissão de notas: O sistema pode ser bloqueado até a regularização.

  3. Suspensão da inscrição estadual ou municipal: Em casos graves, a empresa pode ser impedida de operar.

  4. Responsabilização criminal: A sonegação fiscal é crime previsto no artigo 1º da Lei 8.137/1990, com pena de 2 a 5 anos de prisão.

Imagine uma loja virtual que fatura R$ 200.000 por mês, sendo:

  • R$ 50.000 via PIX;

  • R$ 150.000 via cartão de crédito.

Se essa empresa emite notas fiscais apenas sobre R$ 80.000, os R$ 120.000 restantes ficam visíveis para a Receita, pois os registros bancários e das operadoras de cartão não batem com o volume de notas fiscais emitidas no mesmo período.

Resultado: A empresa será notificada para explicar a divergência e pode sofrer autuação.

O impacto para pequenos negócios

Muitos microempreendedores e pequenas empresas acreditam que a fiscalização é mais rigorosa apenas para grandes companhias. No entanto, isso é um grande equívoco.

Com os sistemas digitais, a Receita Federal consegue monitorar empresas de qualquer porte. Inclusive, os MEIs (Microempreendedores Individuais) estão no radar, pois muitos ultrapassam o limite de faturamento e não regularizam a emissão de notas.

👉 Em tempos de PIX e cartão, não existe mais espaço para tentar “passar despercebido”.

Como regularizar a situação da sua empresa

Se você recebeu uma notificação da Receita Federal ou quer evitar problemas, siga os seguintes passos:

  1. Revisar o faturamento: Confira os extratos de PIX, cartões e boletos recebidos.

  2. Conferir notas emitidas: Faça o cruzamento entre valores recebidos e notas fiscais emitidas.

  3. Emitir notas retroativas (quando permitido): Alguns estados e municípios autorizam a emissão de notas fora do prazo, mediante justificativa.

  4. Recolher tributos em atraso: Regularize os impostos devidos com multa e juros para evitar autuações mais pesadas.

  5. Contratar uma contabilidade especializada: O acompanhamento profissional garante que sua empresa esteja em conformidade com a lei.

O papel da contabilidade na prevenção

Um contador especializado pode ajudar sua empresa a:

  • Automatizar a emissão de notas fiscais;

  • Manter todas às obrigações da sua empresa em conformidade;

  • Calcular corretamente os tributos devidos;

  • Organizar um planejamento tributário que reduza a carga de impostos sem risco de autuação;

  • Acompanhar notificações e responder à Receita Federal.

Sendo assim, podemos afirmar que a contabilidade é uma aliada estratégica contra multas e fiscalizações.

Lembre-se de que a emissão de nota fiscal em todo tipo de venda, inclusive via PIX e cartão não é opcional, é uma obrigação legal. A Receita Federal já está notificando empresas que descumprem essa regra, e as penalidades podem comprometer seriamente a saúde financeira do negócio.

👉 Quer evitar riscos fiscais e manter sua empresa protegida? A Contabiliza+ Contabilidade é especialista em negócios digitais e pode ajudar você a organizar a emissão de notas e o recolhimento de tributos.

Estratégias para evitar multas e notificações

Ser notificado pela Receita Federal pode gerar não apenas transtornos financeiros, mas também prejudicar a credibilidade da empresa diante de clientes, fornecedores e bancos. Por isso, é fundamental adotar estratégias preventivas:

1. Emissão automática de notas fiscais: Configurar o sistema de gestão da sua empresa para que toda venda via PIX ou cartão já gere automaticamente a nota fiscal correspondente. Isso evita falhas humanas e reduz o risco de omissões.

2. Conferência periódica: Realize conciliações mensais entre:

  • Extratos bancários (PIX);

  • Relatórios das operadoras de cartão;

  • Notas fiscais emitidas.

Esse cruzamento permite identificar inconsistências antes que elas sejam detectadas pela Receita.

3.Planejamento tributário: Cada regime tributário (Simples Nacional, Lucro Presumido ou Lucro Real) tem regras próprias de apuração. Um planejamento estratégico ajuda a pagar menos impostos dentro da legalidade, sem correr riscos de autuação.

4.Treinamento da equipe: Funcionários do setor financeiro e faturamento devem estar preparados para lidar com as obrigações fiscais. Muitas vezes, a falha acontece por falta de conhecimento interno.

O impacto da reforma tributária

A reforma tributária, que começa a ser implementada em 2026 e será concluída até 2033, também trará mudanças significativas nesse cenário.

IBS e CBS substituirão tributos atuais:

Com a extinção de ICMS, ISS, PIS e Cofins, surgirão dois tributos:

  • IBS (Imposto sobre Bens e Serviços): administrado por estados e municípios.

  • CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços): administrada pela União.

Ambos terão caráter não cumulativo, ou seja, as empresas poderão aproveitar créditos de impostos pagos em etapas anteriores da cadeia.

No novo modelo, a alíquota será única e destacada na nota fiscal. Isso aumenta a responsabilidade das empresas de emitirem corretamente seus documentos fiscais, já que tudo será registrado em sistemas integrados.

Além disso, a reforma prevê o uso de plataformas unificadas para emissão e controle das notas fiscais, tornando ainda mais difícil “passar despercebido”.

👉 Sendo assim, a tendência é que a fiscalização se torne ainda mais rigorosa nos próximos anos.

Como a tecnologia pode ajudar na regularização

A tecnologia é hoje a maior aliada das empresas que desejam se manter em conformidade com a Receita Federal.

Sistemas integrados de gestão: Plataformas de ERP e softwares contábeis podem:

  • Gerar notas fiscais automaticamente;

  • Emitir guias de impostos;

  • Realizar conciliação bancária;

  • Criar relatórios de faturamento em tempo real.

Integração com PIX e cartões: Muitos sistemas já se conectam diretamente às maquininhas de cartão e às chaves PIX da empresa, registrando as entradas financeiras e vinculando automaticamente à emissão de notas.

Armazenamento em nuvem: Notas fiscais e documentos fiscais armazenados na nuvem reduzem o risco de perda de informações e facilitam auditorias internas e externas.

Boas práticas de compliance fiscal

Manter a empresa em conformidade exige disciplina e processos bem estruturados. Algumas boas práticas de compliance fiscal incluem:

  • Política interna de emissão obrigatória: Nenhum pagamento pode ser aceito sem a geração da nota fiscal correspondente.

  • Auditorias internas periódicas: Revisar relatórios financeiros e fiscais regularmente.

  • Cadastro atualizado: Manter informações da empresa sempre corretas junto à Receita, prefeitura e Secretaria da Fazenda.

  • Acompanhamento de legislação: A cada ano, novas regras fiscais são publicadas em nível federal, estadual e municipal.

O compliance não deve ser visto apenas como obrigação, mas como um diferencial competitivo. Empresas que demonstram transparência fiscal conquistam mais confiança no mercado.

O risco da informalidade

Muitos pequenos empresários ainda acreditam que podem operar de forma informal, sem emitir notas em vendas via PIX ou cartão. Mas o risco é alto.

  • Bancos e operadoras de cartão enviam relatórios periódicos à Receita.

  • O PIX é 100% rastreável, já que passa pelo Banco Central.

  • Sem nota fiscal, a empresa perde credibilidade e pode ter dificuldade para conseguir crédito ou participar de licitações.

👉 Em um ambiente cada vez mais digital, a informalidade deixou de ser uma opção segura.

Vantagens de manter a regularidade fiscal

Embora pareça um custo adicional, a emissão correta de notas fiscais traz vantagens importantes:

  1. Segurança jurídica: Elimina riscos de multas e autuações.

  2. Facilidade de crédito: Bancos exigem comprovação de faturamento para conceder financiamentos.

  3. Credibilidade no mercado: Fornecedores e clientes preferem negociar com empresas transparentes.

  4. Base para crescimento: Empresas regulares conseguem expandir sem medo de bloqueios fiscais.

Em outras palavras: estar em conformidade não é apenas cumprir a lei, mas também abrir portas para novas oportunidades de negócio.

O papel da contabilidade especializada

Para garantir tranquilidade e foco no crescimento, contar com o apoio de uma contabilidade especializada é fundamental.

A Contabiliza+ Contabilidade, por exemplo, oferece:

  • Acompanhamento em tempo real do faturamento da empresa;

  • Emissão e controle de notas fiscais;

  • Apuração correta de impostos (Simples Nacional, Lucro Presumido ou Lucro Real);

  • Planejamento tributário personalizado;

  • Orientação sobre mudanças da reforma tributária;

  • Suporte em caso de notificações da Receita Federal.

Assim, o empresário consegue reduzir riscos fiscais e ainda pagar menos impostos de forma legal.

Educação fiscal: a chave para evitar problemas futuros

Um dos maiores desafios enfrentados por empresas notificadas pela Receita Federal é a falta de conhecimento sobre suas obrigações fiscais. Muitos empresários não entendem completamente o impacto de deixar de emitir notas fiscais em vendas por PIX e cartão, acreditando que pequenos valores não seriam monitorados.

No entanto, com a digitalização dos meios de pagamento, a fiscalização se tornou totalmente automatizada e abrangente. Por isso, investir em educação fiscal para o gestor e sua equipe é essencial.

Quando colaboradores e sócios entendem a importância da emissão correta de notas fiscais, os riscos de erros e omissões caem drasticamente. Além disso, uma empresa que adota a cultura da transparência fiscal transmite profissionalismo, credibilidade e segurança jurídica.

👉 A contabilidade, nesse ponto, atua não apenas como parceira operacional, mas também como orientadora educativa, ajudando a empresa a se manter em conformidade e crescer com solidez.

Conclusão

A intensificação das notificações da Receita Federal para empresas que deixam de emitir nota fiscal em vendas via PIX e cartão mostra que o tempo da informalidade está chegando ao fim.

Com sistemas de rastreamento cada vez mais avançados, não emitir nota fiscal é praticamente um convite para cair na malha fina.

A boa notícia é que existem soluções acessíveis e práticas para manter a regularidade: tecnologia, processos bem definidos e o apoio de uma contabilidade especializada.

👉 Se a sua empresa deseja crescer sem riscos, fale com a Contabiliza+ Contabilidade e descubra como podemos ajudar você a manter sua gestão fiscal em dia e aproveitar ao máximo as oportunidades da era digital.

Como regularizar CNPJ Inapto?

Como regularizar CNPJ Inapto

CNPJ inapto é a situação em que a Receita Federal declara que uma empresa deixou de cumprir obrigações legais, como a entrega de declarações ou escriturações contábeis, tornando seu cadastro irregular perante o fisco. 

Esse status pode gerar uma série de transtornos, desde a impossibilidade de emitir notas fiscais até o bloqueio da conta bancária da empresa.

Para o empreendedor, descobrir que o seu CNPJ está inapto costuma ser um choque. Afinal, muitas vezes, o empresário só percebe o problema quando tenta realizar uma operação simples, como:

  • Emitir uma nota;
  • Conseguir crédito no banco;
  • Participar de uma licitação.

Se por algum motivo, a sua empresa está passando por esse tipo de dificuldade, continue conosco até o final, e veja como regularizar a situação.

O que significa ter um CNPJ Inapto?

De acordo com a Receita Federal do Brasil (RFB), um CNPJ pode ser declarado inapto quando a empresa não cumpre suas obrigações acessórias. 

Na prática, isso inclui a falta de entrega de declarações fiscais, demonstrações contábeis ou outras informações obrigatórias.

Alguns exemplos de documentos cuja ausência pode levar à inaptidão do CNPJ são:

  • DCTF (Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais);

  • DIRF (Declaração do Imposto de Renda Retido na Fonte);

  • EFD-Contribuições;

  • Escrituração Contábil Digital (ECD) e Escrituração Contábil Fiscal (ECF);

Se a empresa deixar de entregar essas declarações por dois exercícios consecutivos, a Receita poderá declarar a inaptidão do CNPJ.

Quais as consequências de um CNPJ Inapto?

As consequências para empresas com CNPJ inapto são sérias e podem comprometer totalmente a continuidade das atividades. Entre elas:

  1. Impedimento de emitir notas fiscais: Sem regularização, a empresa não consegue mais formalizar suas operações de venda ou prestação de serviços.

  2. Bloqueio da inscrição estadual ou municipal: Para empresas de comércio ou prestação de serviços, isso significa não poder operar legalmente.

  3. Cancelamento de alvarás e licenças: Órgãos municipais e estaduais podem suspender permissões de funcionamento.

  4. Impedimento de participar de licitações públicas: O status de inapto impede a emissão de certidões negativas, requisito essencial em licitações.

  5. Bloqueio de conta bancária PJ: Bancos podem restringir movimentações financeiras da empresa.

  6. Responsabilização dos sócios: Dívidas tributárias podem ser transferidas para o CPF dos sócios.

  7. Perda de credibilidade no mercado: Clientes e fornecedores passam a desconfiar da idoneidade da empresa.

Sendo assim: Ter o CNPJ inapto é quase como ver a empresa “fechada” do ponto de vista legal.

Principais causas de um CNPJ Inapto

As situações que levam uma empresa a ter o CNPJ declarado inapto estão diretamente relacionadas ao descumprimento das obrigações acessórias. As mais comuns são:

  • Omissão de declarações: Quando a empresa deixa de enviar DCTF, ECF ou outras obrigatórias por dois anos seguidos.

  • Paralisação não comunicada: Empresas que interrompem atividades mas não formalizam a baixa ou suspensão junto aos órgãos competentes.

  • Inconsistências cadastrais: Divergências no endereço, CNAE ou informações de contato.

  • Inatividade não informada: Empresas sem movimento precisam comunicar essa condição à Receita, caso contrário podem ser penalizadas.

Muitos empresários acreditam que “não faturar” significa “não ter obrigações”, mas a verdade é que mesmo empresas sem atividade precisam manter a contabilidade em dia.

Como saber se meu CNPJ está inapto?

Antes de iniciar qualquer processo de regularização, é essencial confirmar se a empresa realmente está com o CNPJ inapto.

A Receita Federal disponibiliza uma consulta pública gratuita para verificar a situação cadastral de qualquer empresa. O processo é simples e pode ser feito online, sem necessidade de certificado digital.

Passo a passo para consultar o status do CNPJ

1.Acesse o site da Receita Federal: Vá até a página oficial de Consulta de Situação Cadastral do CNPJ no portal da Receita Federal.

2.Informe o número do CNPJ: Digite o número completo do CNPJ da empresa que deseja consultar. É importante inserir os 14 dígitos corretamente, sem pontos ou traços.

3.Resolva a verificação de segurança (captcha): Confirme o código de segurança apresentado na tela para validar que não se trata de um acesso automatizado.

4.Verifique a situação cadastral: O sistema vai gerar uma certidão simplificada com os dados básicos da empresa, como:

  • Nome empresarial e fantasia;

  • Número de inscrição (CNPJ);

  • Data de abertura;

  • Natureza jurídica;

  • Situação cadastral;

  • Data da situação cadastral;

  • Motivo da situação cadastral (caso esteja inapto, baixado ou suspenso).

Ao realizar a pesquisa, o empresário pode encontrar diferentes status:

  • ATIVO: A empresa está em dia com suas obrigações e pode operar normalmente.

  • SUSPENSO: Há alguma irregularidade cadastral, como inconsistências de dados ou falta de atualização.

  • INAPTO: A empresa deixou de apresentar declarações por dois exercícios consecutivos ou apresentou omissões graves.

  • BAIXADO: O CNPJ foi encerrado oficialmente, não podendo mais ser utilizado.

  • NULO: O CNPJ foi considerado inválido, geralmente por fraude ou inconsistências graves na inscrição.

Em resumo: Verificar se o CNPJ está inapto é rápido e simples, mas interpretar o motivo da inaptidão é o que realmente orienta o caminho da regularização. Por isso, contar com o apoio de um contador é essencial para entender corretamente as pendências e evitar novos erros.

Como evitar que o CNPJ fique inapto

Mais importante do que resolver o problema depois que ele acontece é adotar práticas preventivas para que o CNPJ não seja declarado inapto. Afinal, a inaptidão pode paralisar as atividades de uma empresa, gerar multas e ainda prejudicar a imagem do negócio no mercado.

A boa notícia é que, com uma rotina organizada e apoio contábil especializado, é possível manter a regularidade e evitar dores de cabeça. Confira as principais medidas preventivas:

1. Manter todas as declarações entregues dentro do prazo

O principal motivo de inaptidão é a omissão de declarações fiscais e contábeis. Por isso:

  • Organize um calendário com os prazos de entrega de obrigações acessórias, como DCTF, ECF, ECD, GFIP, DIRF, entre outras.

  • Utilize lembretes automáticos em sistemas de gestão ou planilhas compartilhadas para não perder os prazos.

  • Mesmo empresas sem movimentação (inativas) precisam comunicar essa condição à Receita, apresentando declarações simplificadas.

📌 Dica prática: Peça ao contador para enviar relatórios mensais confirmando quais declarações já foram transmitidas e quais ainda estão pendentes.

2. Realizar revisões periódicas na contabilidade

Não basta apenas enviar declarações, é fundamental garantir que os dados transmitidos estejam corretos e consistentes. Uma falha de informação pode gerar notificações e, em casos de reincidência, até levar à inaptidão.

Recomenda-se:

  • Conferir periodicamente se os valores registrados na contabilidade batem com as notas fiscais emitidas e recebidas;

  • Revisar lançamentos de folha de pagamento e encargos trabalhistas;

  • Solicitar uma auditoria interna preventiva pelo menos uma vez ao ano para identificar possíveis erros.

3. Acompanhar comunicados da Receita Federal

A Receita Federal costuma emitir avisos e notificações no Domicílio Tributário Eletrônico (DTE) e no Portal e-CAC. Muitas vezes, empresas ficam inaptas simplesmente por não acompanharem essas comunicações.

Para evitar esse risco:

  • Acesse o e-CAC regularmente com certificado digital;

  • Habilite o contador como responsável para também acompanhar notificações;

  • Responda às intimações da Receita dentro do prazo, evitando que pequenas pendências virem grandes problemas.

4. Contar com uma contabilidade de confiança

O acompanhamento contábil é a linha de defesa mais importante contra a inaptidão do CNPJ. Uma contabilidade confiável:

  • Monitora prazos de declarações;

  • Mantém registros organizados e atualizados;

  • Identifica inconsistências antes que a Receita as aponte;

  • Orienta o empresário sobre obrigações específicas do seu ramo de atividade.

5. Adotar controles internos no próprio negócio

Embora a contabilidade seja essencial, o empresário também precisa ter processos internos bem definidos, como:

  • Guardar notas fiscais eletrônicas emitidas e recebidas;

  • Controlar despesas e receitas em planilhas ou sistemas integrados;

  • Evitar pagamentos “por fora” ou sem documentação fiscal;

  • Atualizar os dados cadastrais da empresa (endereço, CNAE, telefone e e-mail) sempre que houver mudanças.

6. Monitorar periodicamente a situação do CNPJ

Uma forma simples de prevenção é consultar o CNPJ regularmente no site da Receita Federal para verificar se a situação está ativa e sem pendências. 

Esse acompanhamento pode ser feito mensal ou trimestralmente, como parte da rotina administrativa.

Passo a passo para regularizar o CNPJ Inapto

Agora que já entendemos os riscos e problemas gerados pela inaptidão, é hora de responder à pergunta central: como regularizar um CNPJ inapto?

A boa notícia é que a regularização é possível. Porém, o processo pode ser burocrático e exige atenção aos detalhes.

  1. Identifique o motivo da inaptidão: Com o apoio de um contador, o primeiro passo é verificar com a Receita Federal quais declarações estão em atraso ou quais outras inconsistências foram identificadas.
  2. Organize a documentação contábil: Será necessário reunir todas as informações fiscais e contábeis da empresa referentes aos períodos omissos. Isso inclui:
  • Livros contábeis;

  • Notas fiscais emitidas e recebidas;

  • Folha de pagamento;

  • Guias de impostos já recolhidas.
  1. Transmita as declarações em atraso: Com o suporte de uma contabilidade, devem ser enviados todos os documentos omitidos, como DCTF, ECF, GFIP, entre outros.
  2. Pague multas e juros: A regularização geralmente envolve o pagamento de multas por atraso, além de juros sobre valores devidos. 
  3. Acompanhe o processamento: A Receita pode levar alguns dias para atualizar o status do seu CNPJ. É importante acompanhar para confirmar a mudança para “Ativo”.

Multas e custos envolvidos na regularização do CNPJ inapto

Regularizar um CNPJ inapto exige não apenas a entrega das declarações em atraso, mas também o pagamento de multas e juros determinados pela Receita Federal. 

Esses custos variam conforme o tipo de obrigação acessória que deixou de ser apresentada, o porte da empresa e o tempo de atraso.

E se eu não quiser mais manter a empresa?

Nem sempre o objetivo do empresário é regularizar o CNPJ inapto para continuar operando. Em muitos casos, a empresa já não funciona há anos, ou o dono decidiu encerrar definitivamente as atividades.

Nessas situações, existe a opção de dar baixa no CNPJ, ou seja, encerrar a inscrição da empresa junto à Receita Federal e demais órgãos públicos.

Ao dar baixa no CNPJ, o empresário deixa de ser responsável pelas obrigações acessórias periódicas (como DCTF, ECF, ECD, GFIP), além de não precisar mais manter inscrição estadual ou municipal.

Porém, é importante entender que:

  • Débitos e pendências anteriores não desaparecem com a baixa;

  • As dívidas podem ser cobradas mesmo após o encerramento da empresa;

  • Multas por omissão de declarações também precisam ser quitadas.

📌 Sendo assim: a baixa encerra obrigações futuras, mas não elimina as responsabilidades do passado.

Vale destacar, que a baixa do CNPJ em si não gera custo junto à Receita Federal. Contudo, existem custos indiretos que devem ser considerados:

  • Multas por atraso de declarações;

  • Débitos tributários pendentes;

  • Taxas de órgãos estaduais ou municipais para baixa da inscrição.

O que acontece ser o CNPJ inapto não for regularizado?

Se a empresa permanecer inapta sem baixa oficial, a Receita Federal pode, após um período, declarar a inscrição como “baixada de ofício”. Isso significa que a empresa é encerrada sem solicitação formal do empresário.

Porém, nesse caso:

  • Os débitos permanecem vinculados ao CPF dos sócios;

  • O empresário pode enfrentar dificuldades em abrir novos negócios;

  • Multas e pendências não desaparecem, apenas mudam de status.

📌 Por isso, dar baixa de forma correta é sempre mais seguro do que esperar pela baixa de ofício.

Importância de contar com uma contabilidade

Regularizar um CNPJ inapto sem auxílio profissional pode ser arriscado. A contabilidade oferece:

  • Diagnóstico preciso da situação;

  • Organização da documentação;

  • Entrega correta das declarações;

  • Planejamento para redução de multas e tributos.

Além disso, com apoio contábil especializado, a empresa pode avaliar se compensa permanecer no regime atual ou migrar para outro mais vantajoso, aproveitando a regularização para otimizar sua estrutura tributária.

Conclusão

Ter o CNPJ inapto pode paralisar completamente as atividades de uma empresa. Porém, com organização e apoio contábil, é possível regularizar a situação e retomar a normalidade.

O processo envolve: identificar o motivo da inaptidão, entregar declarações atrasadas, pagar multas, atualizar cadastros e acompanhar o retorno ao status ativo. Mais do que isso, é uma oportunidade de rever processos internos e adotar uma rotina fiscal mais eficiente.

Na Contabiliza+ Contabilidade, auxiliamos empresas de todos os portes na regularização de CNPJs inaptos e na implementação de estratégias para evitar novos problemas.

👉 Se sua empresa está com o CNPJ inapto, entre em contato com nossa equipe. Vamos ajudar você a sair da irregularidade, reduzir custos com multas e garantir que sua empresa volte a crescer com segurança.

Reforma tributária: o que muda para profissionais da saúde?

Reforma tributária o que muda para profissionais da saúde

A reforma tributária é um dos temas mais discutidos no cenário econômico e empresarial brasileiro nos últimos anos.

Com a aprovação da Emenda Constitucional nº 132/2023 e o avanço das leis complementares em 2025, estamos diante de uma das maiores mudanças na forma de arrecadação de impostos no país desde a Constituição de 1988.

Para os profissionais da saúde, entender o que vai mudar é fundamental. Médicos, dentistas, fisioterapeutas, psicólogos e demais profissionais precisam avaliar desde já os impactos para seus negócios e se preparar para adaptar a gestão tributária.

Para saber mais, continue conosco e confira tudo que o time de especialistas da Contabiliza+ Contabilidade separou para você.

O que é a reforma tributária?

A reforma tributária é uma grande reestruturação do sistema de tributos sobre o consumo no Brasil. O objetivo é simplificar a cobrança, reduzir a burocracia e tornar a distribuição da carga tributária mais justa.

Hoje, temos diversos tributos cobrados em diferentes esferas:

  • Federais: PIS, COFINS, IPI. 
  • Estaduais: ICMS. 
  • Municipais: ISS.

O novo modelo vai unificar esses impostos em dois tributos:

  1. CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços): Substituirá PIS, COFINS e IPI. 
  2. IBS (Imposto sobre Bens e Serviços): Substituirá ICMS e ISS

No entanto, a mudança será gradual:

  • 2026-2027: Início da CBS (federal), com fase de testes. 
  • 2029-2032: Início do IBS (estadual/municipal), também em transição. 
  • 2033: Sistema totalmente implementado. 

Durante o período de transição, o sistema atual e o novo vão coexistir, com redução gradual das alíquotas antigas e aumento proporcional das novas.

Tributação atual para profissionais da saúde

Hoje, a tributação mais vantajosa para a maioria dos profissionais da saúde é por CNPJ, utilizando o Simples Nacional ou o Lucro Presumido.

Simples Nacional

No Simples Nacional, a tributação depende do Fator R, uma regra que diz basicamente o seguinte:

  • Se a soma das despesas com folha de pagamento de funcionários e pró-labore do profissional for maior ou igual a 28% do faturamento, a tributação é realizada no Anexo III, com alíquota a partir de 6%.

Anexo III do Simples Nacional

Faixa Receita em 12 meses Alíquota Valor a deduzir
Até 180.000,00 6,00%
De 180.000,01 a 360.000,00 11,20% R$ 9.360,00
De 360.000,01 a 720.000,00 13,20% R$ 17.640,00
De 720.000,01 a 1.800.000,00 16,00% R$ 35.640,00
De 1.800.000,01 a 3.600.000,00 21,00% R$ 125.640,00
De 3.600.000,01 a 4.800.000,00 33,00% R$ 648.000,00
  • Se a soma das despesas com folha de pagamento de funcionários e pró-labore do profissional for menor ou igual a 28% do faturamento, a tributação é realizada no Anexo V, com alíquota a partir de 15,50%.

Anexo V do Simples Nacional

Faixa Receita em 12 meses Alíquota Valor a deduzir
Até 180.000,00 15,50%
De 180.000,01 a 360.000,00 18,00% R$ 4.500,00
De 360.000,01 a 720.000,00 19,50% R$ 9.900,00
De 720.000,01 a 1.800.000,00 20,50% R$ 17.100,00
De 1.800.000,01 a 3.600.000,00 23,00% R$ 62.100,00
De 3.600.000,01 a 4.800.000,00 30,50% R$ 540.000,00

 

Por fim, vale destacar, que considerando os valores da coluna “Valor a deduzir”, a alíquota efetiva máxima para profissionais da saúde no Simples é de 19,5%.

Lucro Presumido

No Lucro Presumido, a tributação é fixa, ou seja, não varia com a evolução do volume de faturamento do profissional. 

Neste regime, a soma de impostos federais e municipais sobre profissionais da saúde, pode variar de 13,33 a 16,33%, a depender da alíquota de ISS que é praticada por cada município.

Veja como funciona:

  • Impostos Federais: 11,33% 
  • Imposto Municipal (ISS): 2% a 5% (varia por cidade)

Por que a reforma afeta a área da saúde?

A reforma prevê que a tributação de bens e serviços seja feita com alíquota padrão estimada de 27%.

No entanto, para determinados setores, haverá redução da base de cálculo em 60%. A área da saúde está incluída nessa lista de serviços com alíquota reduzida.

Serão contempladas com alíquotas reduzidas, atividades como:

  • Consultas médicas e serviços especializados. 
  • Serviços hospitalares e de urgência. 
  • Serviços odontológicos, fisioterapia, psicologia, fonoaudiologia e nutrição. 
  • Serviços laboratoriais e de diagnóstico por imagem. 
  • Transporte de pacientes (ambulância). 
  • Assistência a idosos e pessoas com deficiência, entre outros.

Com a redução de 60%, a alíquota estimada cai de 27% para cerca de 10,92%.

Sendo assim, hoje, um profissional da saúde no Simples (Anexo III) pode pagar 6% a 19,5%, enquanto no Lucro Presumido paga de 13,33% a 16,33%.

Por sua vez, com a reforma, a alíquota especial será de cerca de 10,92%, o que pode significar aumento ou redução de impostos, dependendo do caso.

Comparando a tributação atual com a nova alíquota

Para entender melhor quem será beneficiado ou prejudicado pela reforma tributária, vamos comparar alguns cenários reais de tributação para profissionais da saúde.

Cenário 1 — Médico no Simples Nacional (Anexo III)

  • Faturamento: R$ 15.000,00/mês 
  • Fator R: acima de 28% 
  • Alíquota efetiva: 6% 
  • Imposto mensal atual: R$ 900,00

Com a reforma:

  • Alíquota estimada: 10,92% 
  • Imposto mensal: R$ 1.638,00

📉 Impacto: Aumento de R$ 738,00/mês.

Cenário 2 — Fisioterapeuta no Simples Nacional (Anexo V)

  • Faturamento: R$ 15.000,00/mês 
  • Fator R: abaixo de 28% 
  • Alíquota efetiva: 15,5% 
  • Imposto mensal atual: R$ 2.325,00

Com a reforma:

  • Alíquota estimada: 10,92% 
  • Imposto mensal: R$ 1.638,00

📈 Impacto: Redução de R$ 687,00/mês

Sendo assim, podemos afirmar o seguinte:

  • Quem hoje paga 6% (Simples Anexo III) tende a ter aumento. 
  • Quem está no Anexo V ou no Lucro Presumido tende a pagar menos. 
  • A análise individual é essencial, pois depende de faturamento, regime e estrutura de custos.

Estratégias para se adaptar a reforma tributária e pagar menos impostos

Diante das mudanças que entrarão em vigor gradualmente a partir de 2026, a Contabiliza+ Contabilidade orienta que os profissionais da saúde não esperem a lei começar a valer para agir

O período de 2025 deve ser visto como um ano estratégico de diagnóstico, simulação e ajustes — assim, é possível reduzir impactos negativos e aproveitar oportunidades que surgirão com o novo sistema.

A seguir, nós detalhamos cinco ações práticas que podem ser implementadas desde já.

1.Reavaliar o regime tributário com base na nova alíquota

A nova alíquota estimada de 10,92% para serviços de saúde com redução de base de cálculo muda a lógica de escolha entre regimes tributários.

Hoje, o Simples Nacional pode ser vantajoso, principalmente para quem está no Anexo III pagando a partir de 6%. Contudo, para quem está no Anexo V ou no Lucro Presumido, a alíquota pós-reforma pode representar economia.

O que fazer já em 2025:

  • Solicitar à contabilidade um estudo comparativo entre Simples Nacional, Lucro Presumido e Lucro Real considerando o faturamento atual e projetado. 
  • Avaliar não apenas a alíquota nominal, mas também obrigações acessórias, carga trabalhista e limites de receita. 
  • Lembrar que no Simples Nacional há limite de faturamento de R$ 4,8 milhões/ano, e ultrapassá-lo pode implicar desenquadramento.

Exemplo prático: Um consultório odontológico que hoje está no Simples (Anexo V) pagando 15,5% pode ter redução significativa ao migrar para um modelo com alíquota efetiva de 10,92%, mesmo que isso signifique deixar o Simples.

2.Revisar a estrutura societária para otimizar tributação e gestão

A forma como o negócio está constituído influencia diretamente a carga tributária e a flexibilidade de gestão.

  • Sociedade simples pura: Comum para consultórios formados apenas por profissionais da saúde, mas com limitações para diversificação de atividades. 
  • Sociedade empresária: Permite maior amplitude de atuação, abertura de filiais e contratação de sócios investidores. 
  • Holding patrimonial: Pode ser utilizada para proteção de bens e gestão de imóveis, especialmente em clínicas com patrimônio significativo.

O que fazer já em 2025:

  • Avaliar se é vantajoso associar-se a outros profissionais para formar uma clínica ou centro de especialidades, aumentando o faturamento e diluindo custos fixos. 
  • Considerar criar uma empresa de gestão para administrar a clínica e contratar profissionais, centralizando a operação. 
  • Verificar possibilidade de separar atividades (assistencial, locação de espaço, gestão de equipamentos) em CNPJs diferentes, respeitando a legislação, para melhor aproveitamento fiscal.

Benefício esperado: Além de otimizar tributos, uma estrutura societária adequada facilita a captação de investimentos, expansão de serviços e sucessão empresarial.

3.Planejar o faturamento com visão de longo prazo

A reforma eliminará instrumentos como o Fator R, que hoje influenciam diretamente a tributação no Simples Nacional. 

No novo modelo, a alíquota incidirá sobre o faturamento bruto, independentemente da folha de pagamento.

O que fazer já em 2025:

  • Criar projeções de faturamento para os próximos três a cinco anos considerando crescimento da demanda, reajustes de preços e sazonalidades. 
  • Simular como esse faturamento se comportará nos diferentes regimes tributários. 
  • Ajustar políticas de preço e pacotes de serviços para manter margens de lucro mesmo com a nova carga tributária.

Exemplo prático: Se a clínica prevê crescimento de 15% ao ano, deve analisar se esse aumento levará a ultrapassar limites do Simples ou a modificar significativamente o impacto da alíquota de 10,92%.

4.Investir em gestão financeira e controle de custos

Com a tributação sobre o faturamento bruto, qualquer desperdício ou ineficiência impacta diretamente a rentabilidade

O profissional da saúde precisará gerir com rigor não apenas a receita, mas também as despesas.

O que fazer já em 2025:

  • Implementar ou aprimorar sistemas de gestão financeira integrados à contabilidade. 
  • Controlar detalhadamente contas a pagar e a receber, evitando inadimplência e juros desnecessários. 
  • Negociar contratos com fornecedores e prestadores de serviços para reduzir custos. 
  • Acompanhar indicadores como ticket médio, margem de lucro líquido e índice de inadimplência.

Benefício esperado: Uma gestão financeira robusta possibilita tomar decisões com base em dados e garante que o aumento de receita não seja corroído por despesas mal administradas.

5.Simular cenários com diferentes variáveis

A simulação de cenários tributários é a ferramenta mais eficaz para prever impactos e evitar surpresas

Com ela, é possível visualizar como pequenas mudanças no faturamento, número de sócios ou na composição da folha afetam o valor final dos impostos.

O que fazer já em 2025:

  • Realizar simulações considerando: 
    • Variações no faturamento mensal e anual. 
    • Alterações no regime tributário. 
    • Mudanças na estrutura societária. 
    • Inclusão ou exclusão de serviços. 
  • Comparar o impacto tributário nas regras atuais e nas previstas para 2026 em diante. 
  • Revisar essas simulações pelo menos duas vezes ao ano, ou sempre que houver mudanças relevantes na operação.

Papel da Contabiliza+ Contabilidade na transição

A equipe da Contabiliza+ Contabilidade atua de forma especializada no atendimento a profissionais da saúde e está preparada para:

  • Simular impactos da reforma com base na realidade do cliente. 
  • Definir o regime tributário ideal para reduzir impostos. 
  • Estruturar a empresa para manter competitividade e lucratividade. 
  • Acompanhar a regulamentação para adaptar rapidamente a estratégia.

Conclusão

A reforma tributária representa uma mudança histórica para o Brasil e, inevitavelmente, para os profissionais da saúde.

A nova alíquota especial de 10,92% pode significar economia para uns e aumento para outros.

Sendo assim, o mais importante é não esperar até a implementação completa para agir.

O momento de planejar é agora: entender seu regime atual, comparar com o novo, simular cenários e ajustar sua estratégia tributária para 2026 e além.

Com a Contabiliza+ Contabilidade ao seu lado, você terá apoio técnico, planejamento personalizado e segurança para tomar as melhores decisões, garantindo que sua atuação profissional continue saudável.

Para saber mais, esclarecer dúvidas, manter suas obrigações em dia com o fisco, e ao mesmo tempo, economizar de forma legalizada, no pagamento de impostos, clique aqui e entre em contato conosco!

Reforma tributária: o Simples Nacional vai acabar?

Reforma tributária: o Simples Nacional vai acabar?

A reforma tributária é um dos temas mais debatidos no cenário econômico brasileiro nos últimos anos. 

Com a aprovação da Emenda Constitucional nº 132/2023 e as leis complementares que regulamentam o novo sistema, muitas mudanças começam a entrar em vigor a partir de 2025. 

O objetivo central é simplificar a cobrança de tributos, reduzir a burocracia e tornar o sistema mais justo e transparente. 

No entanto, essas alterações levantaram diversas dúvidas e preocupações, especialmente entre micro e pequenos empresários. Uma das perguntas mais frequentes é: o Simples Nacional vai acabar?

Para responder a essa questão, é preciso entender como funciona esse regime especial, qual a sua importância para a economia e de que forma ele será afetado pelas novas regras.

O que é o Simples Nacional?

O Simples Nacional é um regime tributário criado pela Lei Complementar nº 123/2006, com o objetivo de simplificar a arrecadação de impostos e contribuições de microempresas (ME) e empresas de pequeno porte (EPP)

Ele consolida em uma única guia, o pagamento de diversos tributos, que no regime comum teriam que ser calculados e pagos separadamente.

Essa unificação não apenas reduz a burocracia, mas também oferece alíquotas geralmente mais baixas, tornando-se uma opção vantajosa para empresas com faturamento anual de até R$ 4,8 milhões.

Entre os tributos que o Simples Nacional reúne no DAS, estão:

  • IRPJ (Imposto de Renda Pessoa Jurídica);

  • CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido);

  • PIS (Programa de Integração Social);

  • COFINS (Contribuição para Financiamento da Seguridade Social);

  • IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados);

  • ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços);

  • ISS (Imposto Sobre Serviços);

  • CPP (Contribuição Previdenciária Patronal).

Essa estrutura permite que o empresário se concentre mais na gestão do negócio e menos na complexa apuração de tributos que caracteriza outros regimes, como o Lucro Real ou Lucro Presumido.

Como o Simples Nacional funciona atualmente

O funcionamento do Simples Nacional é baseado em tabelas de alíquotas progressivas, que variam de acordo com o faturamento anual acumulado e a atividade econômica exercida pela empresa. 

Essas atividades são distribuídas em cinco anexos, e cada anexo possui faixas de receita e alíquotas próprias.

A seguir, vamos conhecer os cinco anexos e como cada um deles se aplica:

Anexo I — Comércio

Destinado a empresas cuja atividade principal é a venda de mercadorias. A alíquota inicial é de 4%, podendo chegar a 19% conforme o faturamento cresce.

Faixa Receita em 12 meses Alíquota Valor a deduzir
Até 180.000,00 4,00%
De 180.000,01 a 360.000,00 7,30% R$ 5.940,00
De 360.000,01 a 720.000,00 9,50% R$ 13.860,00
De 720.000,01 a 1.800.000,00 10,70% R$ 22.500,00
De 1.800.000,01 a 3.600.000,00 14,30% R$ 87.300,00
De 3.600.000,01 a 4.800.000,00 19,00% R$ 378.000,00

 

Exemplos de atividades: Supermercados, lojas de roupas, papelarias, lojas de eletrônicos.

Anexo II — Indústria

Voltado para empresas que exercem atividades industriais ou de transformação. A alíquota inicial é de 4,5% e pode chegar a 30%.

 

Faixa Receita em 12 meses Alíquota Valor a deduzir
Até 180.000,00 4,50%
De 180.000,01 a 360.000,00 7,80% R$ 5.940,00
De 360.000,01 a 720.000,00 10,00% R$ 13.860,00
De 720.000,01 a 1.800.000,00 11,20% R$ 22.500,00
De 1.800.000,01 a 3.600.000,00 14,70% R$ 85.500,00
De 3.600.000,01 a 4.800.000,00 30,00% R$ 720.000,00

 

Exemplos de atividades: Fábricas de móveis, indústrias de alimentos, marcenarias.

Anexo III — Serviços (baixa complexidade)

Aplicado a determinados serviços que possuem menor intensidade de mão de obra e custos administrativos moderados. A alíquota inicial é de 6%, podendo chegar a 33%.

Faixa Receita em 12 meses Alíquota Valor a deduzir
Até 180.000,00 6,00%
De 180.000,01 a 360.000,00 11,20% R$ 9.360,00
De 360.000,01 a 720.000,00 13,20% R$ 17.640,00
De 720.000,01 a 1.800.000,00 16,00% R$ 35.640,00
De 1.800.000,01 a 3.600.000,00 21,00% R$ 125.640,00
De 3.600.000,01 a 4.800.000,00 33,00% R$ 648.000,00

 

Exemplos de atividades: Academias, agências de publicidade, empresas de manutenção e reparos.

Anexo IV — Serviços (com mão de obra intensiva)

Engloba serviços que exigem maior quantidade de funcionários ou são mais complexos em sua execução. A alíquota inicial é de 4,5% e pode atingir 33%.

Faixa Receita em 12 meses Alíquota Valor a deduzir
Até 180.000,00 4,50%
De 180.000,01 a 360.000,00 9,00% R$ 8.100,00
De 360.000,01 a 720.000,00 10,20% R$ 12.420,00
De 720.000,01 a 1.800.000,00 14,00% R$ 39.780,00
De 1.800.000,01 a 3.600.000,00 22,00% R$ 183.780,00
De 3.600.000,01 a 4.800.000,00 33,00% R$ 828.000,00

 

Exemplos de atividades: Construção civil, serviços advocatícios, empresas de limpeza e vigilância.

Anexo V — Serviços específicos

Utilizado para determinadas atividades de prestação de serviços que não se enquadram nos demais anexos ou que exigem cálculo diferenciado do fator “r” (relação entre folha de pagamento e faturamento). A alíquota inicial é de 15,5% e pode chegar a 30,5%.

Faixa Receita em 12 meses Alíquota Valor a deduzir
Até 180.000,00 15,50%
De 180.000,01 a 360.000,00 18,00% R$ 4.500,00
De 360.000,01 a 720.000,00 19,50% R$ 9.900,00
De 720.000,01 a 1.800.000,00 20,50% R$ 17.100,00
De 1.800.000,01 a 3.600.000,00 23,00% R$ 62.100,00
De 3.600.000,01 a 4.800.000,00 30,50% R$ 540.000,00

 

Exemplos de atividades: Empresas de consultoria, auditoria, engenharia e arquitetura.

Por fim, apresentados os anexos, vale destacar que em razão dos valores da coluna “valor a deduzir” a alíquota efetiva máxima do Simples Nacional, ou seja, aquela que é cobrada na prática, não é maior que 19,50% sobre o faturamento.

O Simples Nacional não vai acabar, mas será adaptado

Com a entrada em vigor das mudanças previstas pela reforma tributária, é importante deixar claro: o Simples Nacional não vai acabar

Na prática, o que muda é a forma como determinados tributos serão apurados e pagos dentro desse regime.

O ponto central é que, a partir da transição para o novo modelo de cobrança, o empresário optante pelo Simples terá que decidir entre duas possibilidades para o recolhimento de dois tributos criados pela reforma:

  • IBS (Imposto sobre Bens e Serviços), que substituirá ICMS e ISS

  • CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços), que substituirá PIS e Cofins

Esses impostos serão incorporados de forma gradual, e a opção de pagamento poderá ser:

  1. Diretamente dentro do DAS (como acontece hoje, com todos os tributos unificados), ou

  2. Separadamente, fora do DAS, recolhendo IBS e CBS de forma individual, conforme regras próprias.

Essa possibilidade foi criada para atender empresas que, por exemplo, possuam créditos tributários relevantes ou que tenham operações interestaduais e interestaduais que beneficiem-se de um tratamento diferenciado fora do Simples.

O que muda na prática para as empresas do Simples

Hoje, quando a empresa opta pelo Simples Nacional, ela recolhe praticamente todos os tributos dentro de uma única guia. Com a reforma, essa unificação permanece opcional para IBS e CBS.

Na prática, isso significa que:

  • Empresas menores, com faturamento e operações mais simples, provavelmente vão manter tudo dentro do DAS, para simplificar.

  • Empresas que compram muito de outras empresas e acumulam créditos de IBS ou CBS podem optar por recolher esses tributos fora do Simples, aproveitando os créditos e reduzindo a carga efetiva.

Essa decisão vai exigir análises periódicas, já que o cenário econômico e tributário pode mudar.

Impactos da reforma tributária para empresas do Simples Nacional

Apesar de não acabar, o Simples passará por ajustes que podem gerar efeitos positivos e negativos para as pequenas e médias empresas.

Possíveis benefícios

  • Manutenção da simplificação: A opção de continuar recolhendo tudo no DAS preserva a principal vantagem do regime.

  • Aproveitamento de créditos tributários: Empresas que optarem pelo recolhimento separado poderão recuperar créditos de IBS e CBS, algo que não existe no Simples atual.

  • Competitividade em cadeias produtivas: Ao aproveitar créditos, empresas do Simples podem melhorar preços e margens para clientes que também são contribuintes desses impostos.

Possíveis desafios

  • Necessidade de análise tributária mais avançada: A escolha entre recolher dentro ou fora do DAS vai exigir apoio de um contador especializado.

  • Aumento da complexidade para algumas empresas: Quem optar pelo recolhimento separado terá que lidar com novas obrigações acessórias.

  • Período de adaptação: A transição até 2033 trará mudanças graduais, e será preciso acompanhar as regras a cada etapa.

Linha do tempo da transição

A reforma tributária será implementada de forma gradual, e para o Simples Nacional haverá um período de adaptação. O cronograma previsto é:

  • 2026 a 2028: Início da cobrança teste de IBS e CBS com alíquotas reduzidas, paralelamente aos tributos atuais.

  • 2029 a 2032: Aumento gradual das alíquotas de IBS e CBS e redução proporcional de ICMS, ISS, PIS e COFINS.

  • 2033: Extinção total dos tributos antigos e aplicação integral do novo sistema.

Durante todo esse período, as empresas do Simples poderão escolher a forma de recolhimento que melhor se adapte às suas necessidades.

Como se preparar para as mudanças do Simples Nacional com a reforma tributária

O período de adaptação até 2033 será decisivo para que micro e pequenas empresas consigam manter a competitividade. 

Não basta apenas “esperar” as mudanças chegarem, é preciso adotar medidas preventivas e estratégicas.

1.Entenda como funcionará o novo sistema de IBS e CBS

Antes de tomar qualquer decisão, o empresário precisa compreender exatamente o que são e como funcionam o IBS e a CBS. 

Esses tributos seguirão o modelo de imposto sobre valor agregado (IVA), o que significa que haverá aproveitamento de créditos nas etapas da cadeia produtiva.

  • IBS substituirá ICMS (estadual) e ISS (municipal)

  • CBS substituirá PIS e Cofins (federais)

Se sua empresa compra de fornecedores que pagam esses impostos, você poderá ter créditos que hoje não são aproveitados no Simples.

2.Faça simulações de cenários tributários

Com o apoio da contabilidade, realize projeções comparando:

  • Recolher IBS e CBS dentro do DAS

  • Recolher IBS e CBS separadamente

Essa análise deve considerar:

  • Volume de compras e possibilidade de aproveitamento de créditos

  • Margens de lucro

  • Perfil dos clientes (se são contribuintes ou não desses tributos)

  • Complexidade administrativa da operação

3.Avalie o impacto no fluxo de caixa

Optar pelo recolhimento separado pode aumentar a burocracia e alterar datas de vencimento. 

É fundamental avaliar se a empresa terá fôlego financeiro para lidar com mais de uma guia e com prazos diferentes.

4.Invista em gestão fiscal e tecnologia

Com mais detalhes para controlar, o uso de sistemas de gestão e emissão de notas fiscais integrados será indispensável para:

  • Separar corretamente receitas e despesas por tipo de tributo

  • Evitar erros de cálculo

  • Cumprir obrigações acessórias dentro do prazo

5.Reforce o planejamento tributário

O planejamento tributário passará a ter papel ainda mais estratégico no Simples Nacional, ajudando a:

  • Escolher a melhor forma de recolhimento dos tributos

  • Aproveitar oportunidades de redução legal da carga tributária

  • Evitar pagamentos indevidos

O papel do contador na reforma tributária

A escolha entre manter ou separar o recolhimento de IBS e CBS não será uma decisão única e definitiva, poderá mudar ao longo dos anos, conforme o negócio evolui e as regras transitórias avançam.

Por isso, o acompanhamento de um contador especializado será essencial para:

  • Monitorar as mudanças na legislação

  • Fazer simulações periódicas

  • Orientar sobre o melhor regime a cada momento

Principais mudanças para o Simples Nacional com a reforma tributária

A partir da aprovação e implementação da reforma tributária, as principais alterações para micro e pequenas empresas que optam pelo Simples serão:

  • Novo modelo de tributação do consumo, com substituição de diversos impostos atuais pelo IBS e CBS.

  • Possibilidade de escolha: recolher IBS e CBS dentro do DAS ou separadamente.

  • Aproveitamento de créditos tributários para empresas que optarem pelo recolhimento separado.

  • Período de transição até 2033, com regras híbridas e ajustes graduais na carga tributária.

  • Maior necessidade de controle fiscal e uso de tecnologia para gestão tributária.

Checklist prático para se preparar para a reforma tributária no Simples Nacional

  1. Reveja seu planejamento tributário com o contador para avaliar impactos e oportunidades.

  2. Mapeie sua cadeia de fornecedores e clientes para entender o potencial de aproveitamento de créditos.

  3. Invista em tecnologia de gestão fiscal para evitar erros e manter o controle sobre obrigações.

  4. Monitore a legislação e as regras de transição que serão publicadas nos próximos anos.

  5. Treine sua equipe interna para lidar com novos processos e exigências fiscais.

Conclusão

A reforma tributária não vai acabar com o Simples Nacional, mas trará mudanças significativas que exigem atenção e estratégia.

Empresas que se anteciparem e se prepararem desde já terão mais chances de aproveitar benefícios, evitar aumento de custos e manter a competitividade.

Com o apoio da Contabiliza+ Contabilidade, você garante que todas as análises, simulações e decisões sobre o recolhimento de tributos sejam feitas com segurança, transparência e foco na economia tributária.

Entre em contato e descubra como podemos ajudar a sua empresa a se adaptar às mudanças e crescer com segurança no novo cenário fiscal.

Carnê-leão ou CNPJ para profissionais da saúde? Veja qual é a melhor opção para sua realidade

Carnê-leão ou CNPJ para profissionais da saúde (2)

Profissionais da saúde que atuam de forma autônoma enfrentam um dilema frequente: devo continuar pagando impostos pelo carnê-leão ou vale mais a pena abrir um CNPJ? 

Essa é uma dúvida comum entre médicos, psicólogos, dentistas, fisioterapeutas, nutricionistas e outros especialistas que prestam serviços particulares ou para convênios.

A escolha entre pessoa física e pessoa jurídica não é apenas uma decisão burocrática. Ela impacta diretamente a carga tributária, a organização financeira, a imagem profissional e até as oportunidades de mercado

Muitos profissionais pagam mais impostos do que o necessário por falta de orientação, enquanto outros perdem benefícios por não terem regularizado sua atividade como empresa.

Neste artigo completo, preparado pela equipe da Contabiliza+ Contabilidade, você vai entender as diferenças entre carnê-leão e CNPJ, como funciona a tributação em cada formato e qual alternativa é mais vantajosa para sua realidade. 

Se você quer reduzir impostos, organizar suas finanças e atuar com mais segurança, continue a leitura.

Como funciona o carnê-leão para profissionais da saúde

O carnê-leão é uma obrigação fiscal imposta pela Receita Federal a pessoas físicas que recebem rendimentos de fontes não pagadoras, ou seja, quando o prestador de serviços não tem vínculo empregatício e recebe diretamente de clientes ou pacientes. Isso é muito comum na área da saúde, especialmente em atendimentos particulares.

Se você é, por exemplo, psicólogo e recebe por consulta via PIX, dinheiro ou transferência bancária diretamente do paciente, está sujeito ao carnê-leão. 

O mesmo vale para médicos, nutricionistas, fisioterapeutas ou qualquer outro profissional da saúde que atenda fora de clínicas, hospitais ou cooperativas que façam a retenção de IR na fonte.

Como declarar o carnê-leão

A obrigatoriedade é mensal. O profissional precisa:

  1. Informar todos os rendimentos recebidos no mês

  2. Abater despesas permitidas (limitadas)

  3. Calcular o imposto com base na tabela progressiva do IRPF

  4. Gerar e pagar o DARF até o último dia útil do mês seguinte

O preenchimento pode ser feito no Sistema Carnê-Leão Web, disponível no portal e-CAC da Receita Federal. Todas as informações lançadas no sistema são importadas automaticamente para a declaração anual do Imposto de Renda.

Base de cálculo Alíquota Parcela a deduzir
Até 2.259.20 Isento Isento
De 2.259,21 até 2.826,65 7,50% R$ 169,44
De 2.826,66 até 3.751,05 15% R$ 381,44
De 3.751,06 até 4.664,68 22,50% R$ 662,66
Acima de 4.664,68 27,50% R$ 896,00

 

Com isso, um profissional da saúde que fatura R$ 10.000,00 líquidos por mês pode pagar até 27,5% de imposto de renda, sem contar o INSS que também é obrigatório quando se atua como contribuinte individual.

Despesas dedutíveis no carnê-leão: nem tudo pode ser abatido

A legislação permite que o profissional da saúde deduza algumas despesas necessárias à atividade profissional, desde que sejam devidamente comprovadas com notas fiscais e estejam dentro do limite legal.

Entre os gastos que podem ser abatidos estão:

  • Aluguel de consultório (parcialmente, se for em residência)

  • Material de consumo (luvas, seringas, papel, etc.)

  • Energia elétrica proporcional ao uso profissional

  • Despesas com secretária (com contrato)

  • Contribuições a conselhos profissionais (CRM, CRP, CRO, etc.)

  • Equipamentos e mobiliário, via depreciação

  • Contribuições para o INSS.

Contudo, mesmo com essas deduções, o potencial de redução do IR é limitado. Muitos profissionais ainda acabam recolhendo entre 15% e 27,5% de imposto todo mês, além de não usufruírem de benefícios que só estão disponíveis para pessoas jurídicas.

E o principal problema: esses impostos incidem sobre a receita bruta, não sobre o lucro. Ou seja, se houver inadimplência de pacientes, cancelamentos ou meses com menor faturamento, o imposto pode ser proporcionalmente maior em relação ao ganho líquido do profissional.

Quando vale a pena abrir um CNPJ para atuar como profissional da saúde?

Diante da alta carga tributária do carnê-leão e das limitações quanto à dedução de despesas, muitos profissionais da saúde optam por formalizar sua atividade como pessoa jurídica. E essa decisão costuma trazer vantagens consideráveis, tanto do ponto de vista fiscal quanto comercial.

Abrir um CNPJ significa deixar de atuar como autônomo (pessoa física) e passar a prestar serviços como empresa. 

Na prática, isso permite a adesão ao Simples Nacional, um regime tributário simplificado que oferece alíquotas menores e maior previsibilidade na carga de impostos, além de benefícios na organização financeira e no acesso a crédito.

Mas afinal, quando essa mudança compensa?

Indicadores de que é hora de se formalizar como PJ:

  • Faturamento mensal médio acima de R$ 4.500,00

  • Atendimento em clínicas, hospitais e convênios que exigem emissão de nota fiscal

  • Desejo de reduzir a alíquota de IR (especialmente para quem hoje paga 27,5%)

  • Necessidade de comprovar renda como empresa para fins de crédito, aluguel, aquisição de bens etc.

  • Interesse em ter separação entre finanças pessoais e profissionais

  • Planejamento de contratar equipe ou dividir consultório com outros profissionais

Ao abrir uma empresa, o profissional da saúde passa a ter maior controle fiscal, pode aproveitar deduções mais amplas, melhorar sua imagem perante pacientes e parceiros e até expandir sua atuação com mais segurança jurídica.

Na Contabiliza+ Contabilidade, orientamos todos os passos da transição: desde a escolha do regime tributário até o cadastro no CNPJ, inscrição municipal, emissão de notas e planejamento mensal de impostos. Tudo com foco em economia e legalidade.

Como funciona a tributação para profissionais da saúde com CNPJ?

Ao abrir um CNPJ, o profissional poderá optar, na maioria dos casos, pelo Simples Nacional. 

Esse regime unifica tributos federais, estaduais e municipais em uma guia única (DAS), com alíquotas progressivas que variam conforme o faturamento e a natureza da atividade.

No caso dos profissionais da saúde, a tributação se dá pela Tabela III ou Tabela V do Anexo do Simples, a depender da atividade e do fator R.

Fator R: o que é e como influencia

O fator R é um cálculo que considera a relação entre a folha de pagamento e a receita bruta da empresa. 

  • Quando o percentual de folha (incluindo pró-labore e encargos) for igual ou superior a 28% da receita, o profissional pode tributar pela Tabela III, que tem alíquotas mais baixas.
Faixa Receita em 12 meses Alíquota Valor a deduzir
Até 180.000,00 6,00%
De 180.000,01 a 360.000,00 11,20% R$ 9.360,00
De 360.000,01 a 720.000,00 13,20% R$ 17.640,00
De 720.000,01 a 1.800.000,00 16,00% R$ 35.640,00
De 1.800.000,01 a 3.600.000,00 21,00% R$ 125.640,00
De 3.600.000,01 a 4.800.000,00 33,00% R$ 648.000,00

 

  • Se o fator R for menor que 28%, aplica-se a Tabela V, que possui alíquotas mais elevadas.
Faixa Receita em 12 meses Alíquota Valor a deduzir
Até 180.000,00 15,50%
De 180.000,01 a 360.000,00 18,00% R$ 4.500,00
De 360.000,01 a 720.000,00 19,50% R$ 9.900,00
De 720.000,01 a 1.800.000,00 20,50% R$ 17.100,00
De 1.800.000,01 a 3.600.000,00 23,00% R$ 62.100,00
De 3.600.000,01 a 4.800.000,00 30,50% R$ 540.000,00

Mesmo na Tabela V, o imposto costuma ser menor do que os 27,5% da pessoa física, especialmente quando se considera o planejamento para distribuição de lucros, que é isenta de IR.

Benefícios extras de ser PJ na área da saúde

Além da redução expressiva da carga tributária, formalizar a atividade como CNPJ traz uma série de vantagens adicionais que vão além do aspecto fiscal. 

Esses benefícios contribuem diretamente para a profissionalização, a organização financeira e o crescimento do consultório ou carreira do profissional da saúde.

💼 Mais oportunidades de trabalho

Hospitais, clínicas e operadoras de saúde frequentemente exigem nota fiscal para contratação. Profissionais PJ são vistos como parceiros mais preparados, com estrutura e legalidade para atender demandas constantes.

Além disso, empresas e convênios muitas vezes só contratam prestadores com CNPJ ativo e regular. Estar formalizado amplia suas chances de firmar contratos lucrativos.

💳 Conta bancária empresarial

Com CNPJ, é possível abrir uma conta bancária empresarial e separar o que é pessoal do que é profissional. 

Na prática, isso ajuda a manter o controle financeiro mais claro, evita confusão entre gastos e facilita a comprovação de renda para financiamentos ou aquisições.

📱 Emissão de nota fiscal

Emitir notas fiscais de serviços é essencial para quem atende empresas, convênios ou precisa comprovar recebimentos. 

Com um sistema simples, o profissional PJ pode gerar notas legalmente e atender com mais credibilidade.

📈 Acesso a crédito e linhas de financiamento

Bancos e instituições financeiras costumam oferecer condições melhores para empresas

Com CNPJ, é possível acessar linhas de crédito específicas, cartão empresarial, máquinas de pagamento com taxas reduzidas e até financiamentos para expansão do consultório.

💰 Organização financeira mais eficiente

A contabilidade empresarial permite que o profissional visualize seus resultados com clareza: receita bruta, lucro, custos fixos, tributos e fluxo de caixa. 

Na prática, isso permite decisões mais seguras e uma gestão financeira saudável a longo prazo.

🧾 Planejamento tributário personalizado

Com o apoio da Contabiliza+, o profissional pode simular diferentes cenários de faturamento, apuração de impostos e pró-labore para maximizar a economia legal e aproveitar todos os benefícios que a legislação oferece.

Ainda vale a pena manter o carnê-leão?

Apesar das vantagens do CNPJ, em algumas situações específicas o carnê-leão pode ser mantido por um tempo, especialmente quando o profissional:

  • Está iniciando a carreira e ainda não possui uma clientela estável

  • Fatura até R$ 3.000,00 por mês e não possui grandes despesas

  • Atua eventualmente como prestador (ainda possui outro vínculo CLT)

  • Não precisa emitir nota fiscal e atende apenas clientes particulares

  • Deseja avaliar o mercado antes de formalizar a empresa

Nesses casos, é possível manter o carnê-leão com acompanhamento contábil, a fim de avaliar o momento ideal para migrar para o CNPJ

A Contabiliza+ oferece esse suporte de forma consultiva, ajudando a projetar o faturamento e organizar a transição no tempo certo.

Acompanhamento contábil: o diferencial que garante crescimento sustentável

Optar pelo CNPJ é apenas o primeiro passo. O verdadeiro diferencial está em contar com uma contabilidade especializada e presente no dia a dia do profissional da saúde

Cada nova etapa exige ajustes fiscais, controle financeiro e planejamento tributário adequado, para garantir que a estrutura cresça sem comprometer a rentabilidade.

Com o suporte da Contabiliza+, é possível:

  • Acompanhar mensalmente os indicadores financeiros do negócio

  • Identificar oportunidades de reinvestimento com segurança

  • Organizar reservas de caixa para períodos de sazonalidade

  • Evitar surpresas com tributos ou obrigações acessórias

  • Planejar a retirada de lucros de forma estratégica

Além disso, um contador parceiro atua lado a lado com o profissional, esclarecendo dúvidas, oferecendo simulações e orientando nas decisões mais importantes para o futuro do negócio. 

Na prática, isso traz tranquilidade para que o foco permaneça no atendimento de qualidade aos pacientes — enquanto a saúde financeira da clínica é cuidada com responsabilidade.

Conclusão: cada profissional tem uma realidade — e a escolha certa faz toda a diferença

A decisão entre carnê-leão ou CNPJ para profissionais da saúde não deve ser tomada com base apenas em um modelo fixo. 

Cada profissional tem uma realidade de faturamento, volume de atendimentos, tipo de público, estrutura e planos de crescimento.

Por isso, o mais importante é buscar orientação contábil especializada, capaz de analisar seu cenário atual, projetar o impacto fiscal e ajudar a escolher o melhor caminho — com foco em economia, segurança e estabilidade financeira.

Na Contabiliza+ Contabilidade, somos especialistas em atender médicos, psicólogos, fisioterapeutas, dentistas e demais profissionais da saúde. Nossa equipe cuida de todos os detalhes da sua contabilidade, do carnê-leão à abertura de empresa, da apuração de impostos ao planejamento financeiro.

Quer pagar menos impostos e cuidar melhor das suas finanças com total segurança?

Fale com a Contabiliza+ Contabilidade e descubra a melhor opção para sua realidade como profissional da saúde. Estamos prontos para te ajudar a crescer com organização e economia!